Os cientistas da Stanford Medicine associaram a resistência à insulina a um risco maior de desenvolver transtorno depressivo. Isso porque Mais de 1 em cada 5 norte-americanos apresentam transtorno depressivo em algum momento de suas vidas.

Sendo assim, os sintomas incluem tristeza persistente, desespero, lentidão, distúrbios do sono e perda de apetite. Portanto, a resistência à insulina é evitável: pode ser reduzida ou eliminada por dieta, exercícios e,

“Se você é resistente à insulina, o risco de desenvolver transtorno depressivo maior é o dobro de alguém que não é resistente à insulina, mesmo que você nunca tenha experimentado depressão antes”, enfatizou Natalie Rasgon, professora de psiquiatria e ciências comportamentais.

1 em cada 3 pessoas sofre de resistência à insulina

Os estudos confirmaram que pelo menos 1 em cada 3 pessoas sofre de resistência à insulina, sendo que muitas vezes sem saber. A condição não aparece de uma deficiência na capacidade do pâncreas de secretar insulina na corrente sanguínea, como ocorre no diabetes tipo 1, e sim devido à diminuição da capacidade das células em todo o corpo de obedecer ao comando do hormônio.

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A insulina serve para dizer às nossas células que é hora de processar a glicose que está no nosso sangue devido à ingestão alimentar. Assim, cada célula do corpo usa a glicose como combustível, e cada uma dessas células tem receptores que sinalizam para consumir de energia. 

Só que ma proporção cada vez maior da população mundial é resistente à insulina e isso por várias razões, como: ingestão calórica excessiva, falta de exercícios, estresse e não dormir o suficiente. Então, os níveis de açúcar no sangue se tornam cronicamente alto, possibilitando o diagnóstico é diabetes tipo 2,

As associações entre resistência à insulina e diversos transtornos mentais também já foram estabelecidas. Por exemplo, foi demonstrado que cerca de 40% dos pacientes que sofrem de transtornos de humor são resistentes à insulina, comentou Rasgon.

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A equipe analisou dados de 601 homens e mulheres que serviram de controle para o estudo da Holanda. Eles sondaram os dados para ver se os indivíduos considerados resistentes à insulina tinham um risco elevado de desenvolver transtorno depressivo maior em nove anos. Para todas as três medidas, a resposta foi sim: houve um aumento na resistência à insulina, estando relacionado a um disparo de 89% na taxa de novos casos.

Da mesma forma, cada aumento de 5 centímetros na gordura abdominal foi relacionado a uma taxa 11% maior de depressão, enquanto um aumento na glicose plasmática em jejum de 18 miligramas por decilitro de sangue foi associado a uma taxa 37% maior de depressão.

Imagem mostra um dedo perfurado, com uma gota de sangue à mostra. Na outra mão, um teste de diabetes
Imagem: Syda Productions/Shutterstock

Os pesquisadores restringiram a próxima fase de sua análise aos cerca de 400 indivíduos que, além de nunca apresentarem sinais de depressão grave, também não mostraram nenhum sinal de resistência à insulina. Nos primeiros dois anos do estudo, quase 100 desses participantes tornaram-se resistentes à insulina. 

Sendo assim, aa equipe comparou a probabilidade desse grupo de desenvolver transtorno depressivo maior nos próximos sete anos com a dos participantes que ainda não haviam se tornado resistentes à insulina aos dois anos.

De forma resumida, a resistência à insulina é um forte fator de risco para problemas sérios, incluindo não apenas o diabetes tipo 2, mas também a depressão. “Para prevenir a depressão, os médicos deveriam verificar a sensibilidade de seus pacientes à insulina. Esses testes estão disponíveis em laboratórios de todo o mundo e não são caros. No final, podemos mitigar o desenvolvimento de doenças debilitantes para o resto da vida”, concluiu Rasgon.

Fonte: Medical Xpress

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