A escassez global de chips já tem data para começar a regredir. Pelo menos é o que sugere Lisa Su, CEO da AMD. Nesta segunda-feira (28), a executiva declarou que a crise se tornará menos severa no segundo semestre de 2022
Su também sugere que a indústria sempre passou por “ciclos de altos e baixos, em que a demanda excedeu a oferta”. Apesar das diferenças do cenário atual, a CEO diz que algo que deve ajudar a aliviar o problema são as novas fábricas de semicondutores previstas para começar a operar nos próximos meses.
Ainda assim, o primeiro semestre do ano que vem ainda será “apertado”, já que as fabricantes ainda tentam atender à demanda após os gargalos na cadeia de suprimentos eletrônicos criados pelos impactos da pandemia.
“As melhorias serão graduais à medida que mais capacidade de fabricação for disponibilizada”, finaliza Su.
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AMD de olho no mercado e na crise dos chips
A AMD, cujo principal negócio é principalmente a venda de processadores e chips gráficos (GPUs), aponta que a pandemia também impulsionou as vendas de PCs, visto que os consumidores tiveram que adquirir novos dispositivos para trabalhar e para que os filhos pudessem estudar de forma remota.
Atualmente, mesmo com a reabertura das economias pelo mundo, a demanda por chips segue em alta, espalhando a crise para outros setores, um dos exemplos é o automotivo. Isso, inclusive, ajudou a impulsionar as ações da AMD em mais de 120% desde o início de 2020.
Vale ressaltar que a rival da Intel não fabrica os seus próprios chips. Em vez disso, a AMD aposta na terceirização da produção para outras fabricantes. No ano passado, a companhia anunciou uma nova estratégia: comprar a Xilinx, uma empresa de semicondutores especializada na fabricação de hardware, em um negócio de US$ 35 bilhões. Su prevê o fechamento do negócio até o fim deste ano.
Por fim, a CEO acrescenta que provavelmente haverá mais movimentações e negociações na indústria de semicondutores em breve.
Créditos da imagem principal: Stas Knop/Shutterstock
Fonte: Cnbc
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