Moradores da província de Mendoza, região oeste da Argentina, a apenas 13km da capital Buenos Aires, foram surpreendidos nesta quarta-feira (29) por uma sequência de cinco tremores de terra. O primeiro terremoto alcançou 5,2 graus na escala Richter, sendo seguido por outros quatro de menor magnitude.
Segundo o Instituto Nacional de Prevenção Sísmica, o maior tremor ocorreu pouco antes das 5h, a uma profundidade de 14 quilômetros e com epicentro a 27 quilômetros de distância da cidade de San Martín e a 66 quilômetros da cidade de Mendoza, capital da província de mesmo nome.
Ainda de acordo com o órgão, o segundo tremor mais forte atingiu magnitude de 2,9 graus e também foi produzido a uma profundidade de 14 quilômetros. Essa região é uma área bastante comum para abalos sísmicos.
Mais terremotos são previstos na Argentina durante os próximos dias
Há previsão de que aconteçam mais tremores nos próximos sete dias, de acordo com o Op. Earthquake Forecast, que relata previsões sísmicas com base em dados do RichterX, um levantamento em tempo real de probabilidades de terremotos a nível global.
Segundo a Defesa Civil local, não houve ocorrências de feridos ou danos estruturais causados pelos terremotos desta quarta-feira. Em entrevista à Rádio Mendoza, o diretor da Defesa Civil da cidade, Daniel Burrieza, informou que os tremores “foram bastante superficiais e por isso pareciam muito fortes”.
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Mendoza de hoje existe em razão de um terremoto
Em 1861, Mendoza era apenas uma pequena cidade de menos de 14 mil habitantes. E o dia 20 de março daquele ano entrou para a história da Argentina: nesse dia, Mendoza sumiu do mapa. Pelo menos a vila original, que havia sido fundada em 1561 por colonizadores espanhóis.
Um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter matou cerca de cinco mil pessoas, mais de um terço da população da cidade. Outras 700 ficaram gravemente feridas.
Até hoje, o terremoto de 1861 continua sendo o mais letal e destrutivo da história do país. O interessante é que foi aquele monstruoso abalo sísmico que permitiu que a nova Mendoza se tornasse o que é hoje: uma cidade cheia de praças, com ruas largas, muitas áreas públicas e, em geral, casas e prédios baixos, tendo sido planejada exatamente para sobreviver a novos terremotos.
*Com informações do site 360meridianos.
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