Um ataque de ransomware derrubou páginas e serviços da empresa de turismo CVC neste último sábado (02). O sequestro de dados manteve fora do ar a central de atendimento e o site da holding da companhia, o CVC Corp, e garante ter seguido todos os protocolos de segurança para proteção dos dados dos usuários.
No momento, apenas a loja virtual da CVC está de volta ao funcionamento. Em nota, a empresa alega que embarques e reservas não foram afetadas pelo ataque ransomware, e que os serviços serão gradativamente restaurados após a asseguração da estabilidade dos sistemas.
Segundo a Forbes, por volta das 11h15 desta manhã as ações da companhia recuaram em 5,88%, a R$ 21,78 na Bolsa de Valores.
O Olhar Digital entrou em contato para obter mais informações sobre as áreas afetadas, bem como serviços alvos dos cibercriminosos e negociações. Em resposta, a assessoria de imprensa da CVC informou que ainda está avaliando os acontecimentos e emitirá novas informações com o progresso das apurações.
Ataque de ransomware continuam com números altos no Brasil
O ataque de ransomware aos serviços da CVC apenas reforça um triste panorama do cibercrime no Brasil. Dados da Kaspersky no fórum Konferencia@Casa de 2021 apontavam que nosso país é o líder em incidências de sequestro de informações na América Latina. A consultoria alemã Roland Berger também colocou figura o ciberespaço brasileiro como o 5º maior do mundo em registro de ciberataques contra empresas.
O panorama da Kaspersky também registra média de 1 tentativa de ataque a sistemas industriais por hora na América Latina, e mais de 11 mil ataques contra estações de trabalho Windows por hora.
No Brasil, casos anteriores de suspensão ou ameaça de vazamentos mediante chantagem ocorreram com empresas como o grupo de transportes financeiros Protege e a empresa de carnes JBS — esta última, pagando US$ 11 milhões (R$ 55,69 milhões) aos cibercriminosos.
Imagem: WhataWin/iStock
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