Estima-se que a Covid-19 tenha deixado pelo menos 12.211 crianças com seis anos ou menos ficaram órfãs no Brasil entre março de 2020 e setembro de 2021. Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
De todas as crianças que ficaram órfãs de pelo menos um dos pais nesse período, cerca de 25% não sequer tinha completado um ano de idade. 18,2% tinham mais de um ano, outros 18,2% tinham dois anos, 14,5% tinham três anos, 11,4% tinham quatro anos, 7,8%, cinco anos e 2,5%, seis anos.
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Além disso, 223 pais morreram de Covid-19 antes mesmo de seus filhos nascerem, enquanto 64 menores de seis anos perderam pai e mãe. Os estados em que a Covid-19 deixou mais crianças órfãs foram São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná.
Como foi o levantamento?
Para levantar esses dados, a Arpen cruzou os CPFs de pais em registros de nascimentos e de óbitos realizados nos mais de 7,6 mil cartórios de registro civil do país desde 2015. Este foi o primeiro ano em que esses cartórios passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento.
“A base de dados dos cartórios tem auxiliado constantemente os poderes públicos, os laboratórios e os institutos de pesquisas a dimensionar o tamanho da covid-19 em nosso país”, declarou o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.
Parceria com a Receita
Além de representar todos os cartórios de registro civil do país, a Arpen-Brasil também administra o Portal da Transparência do Registro Civil. A página foi desenvolvida para disponibilizar informações e dados estatísticos sobre nascimentos, casamentos e óbitos a todos os cidadãos brasileiros.
Desde 2015, a entidade tem uma parceria com a Receita Federal, o que permite que o recém-nascido já tenha o CPF emitido assim que é registrado. Segundo Fiscarelli, essa parceria foi essencial para realizar o levantamento parcial de crianças que ficaram órfãs por conta da Covid-19.
Via: Agência Brasil
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