Na madrugada desta quarta-feira (20), moradores de várias cidades do centro-oeste dos EUA avistaram uma bola de fogo no céu. Desta vez, não se tratava de nenhum meteoro, e sim um satélite espião russo que se incinerou na reentrada na Terra.
Mais de 80 relatos foram recebidos pela American Meteor Society (AMS – Sociedade Americana de Meteoros, em tradução livre), sobre a visão do fenômeno, de pessoas no extremo sul do Tennessee e no extremo norte de Michigan.
A AMS postou imagens capturadas por alguns desses observadores, incluindo o vídeo abaixo, feito por Chris Johnson, que mostra o objeto abrindo uma trilha pelos céus acima de Fort Gratiot Township, no estado de Michigan.
Segundo o site Space, a bola de fogo surgiu por volta das 00h43 EDT (1h43, pelo horário de Brasília) de hoje, o que de acordo com a AMS deixa poucas dúvidas sobre sua origem. Isso porque esse era exatamente o horário previsto da passagem do satélite Kosmos-2551 pela região.
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Satélite russo falhou logo após o lançamento
Kosmos-2551 é um satélite de reconhecimento lançado pela Rússia no dia 9 do mês passado, que, aparentemente, falhou logo em seguida. A espaçonave não ajustou sua órbita nenhuma vez desde a decolagem, de acordo com o astrônomo e rastreador de satélites Jonathan McDowell.
A incineração do Kosmos-2551 provavelmente não ameaçou ninguém na superfície da Terra. O satélite “deve ter apenas cerca de 500 kg e não se espera que nenhum destroço atinja o solo”, disse McDowell.
Bolas de fogo de lixo espacial, embora frequentemente espetaculares, não são particularmente raras. No ano passado, por exemplo, a reentrada no terceiro estágio de um foguete Soyuz causou um show brilhante no céu sobre partes da Austrália durante o lançamento de um satélite militar russo.
Esses incidentes estão se tornando mais comuns à medida que a humanidade lança mais e mais satélites em órbita. Essa explosão no número de satélites preocupa muitos especialistas, que enfatizam que é necessária uma ação para garantir que a questão do lixo espacial não saia do controle.
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