O Google não deve cumprir a promessa de que o seu novo smartphone Pixel 6 terá cinco anos de atualizações do Android. Pelo menos não completamente, após o lançamento do aparelho, nesta terça-feira (20), a fabricante explicou que as atualizações garantidas são apenas de patches de segurança e não de versões futuras do Android.

De acordo com o Google, as atualizações reais do sistema só devem ser mantidas até outubro de 2024, o que significa que usuários do Pixel 6 terão aparelhos compatíveis somente até o Android 15. Na prática, o smartphone terá de fato a proteção contra bugs e eventuais invasões ao sistema, mas a cobertura está muito longe do esperado pelos usuários.

Em termos comparativos, a Samsung – uma das principais parceiras do Google na fabricação de aparelhos Android – oferece cerca de quatro anos de suporte a novos sistemas, além de cinco a seis anos de patches de segurança. A cobertura do Google para o Pixel 6 fica ainda menor quando comparada ao suporte da Apple para o iPhone. O iOS 15, versão mais recente do sistema, por exemplo, é compatível com o iPhone 6S, lançado em setembro de 2015. Ou seja, mais de seis anos de compatibilidade com o sistema.

Google trabalha para aumentar a vida-útil do Android

O Google tem planos para que, no futuro, o Android passe a ser um sistema mais longevo tanto para os seus produtos quanto para os smartphones de parceiros. A desenvolvedora estabeleceu uma parceria com a Qualcomm no chamado projeto Trebble – uma iniciativa do Google para combater a fragmentação das versões de Android, garantindo uma vida mais longa aos aparelhos.

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A ideia é que as próximas gerações de SoCs Snapdragon possuam características mais parecidas que permita o compartilhamento do mesmo firmware do Android para que no mínimo três gerações de processadores estejam atualizadas para o mesmo Android.

Além da parceria, vale lembrar que o Pixel 6 é baseado no chipset Tensor, proprietário do próprio Google, que teoricamente deveria estar otimizado para uma vida útil maior do Android.

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Pixel 6

O Google dedicou o evento Made By Google deste ano quase que exclusivamente para o smartphone Pixel 6, além de seu irmão mais poderoso, o Pixel 6 Pro. O principal ponto de atração vem do fato de que, pela primeira vez, a família de smartphones do Google vem equipada com um processador próprio – o Google Tensor – que promete maior adaptabilidade aos gostos do usuário por meio dos avanços da empresa em machine learning.

Ambos os aparelhos contam com display OLED de 6,4 polegadas de tamanho, com 411 ppi, quadro 20:9, 90 Hz de taxa de atualização. Interessante a empresa não fazer distinção entre os dois modelos nesta parte, inserindo em ambos a proteção já conhecida Gorilla Glass (Victus), suporte à tecnologia HDR, profundidade de cores em 24 bits (16 milhões de cores) e taxa de contraste acima de 1.000.000:1.

De acordo com a divulgação feita pela empresa de Mountain View, os modelos vêm com armazenamento interno de 128 GB nas configurações de base – mas ambos são expansíveis: o aparelho padrão pode chegar a 256 GB, enquanto o Pro vai até 512 GB. E ao que tudo indica, esse espaço todo será bem ocupado, já que o Google prometeu “as melhores câmeras do mercado” para os entusiastas da fotografia.

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