Para quem achou que os vazamentos do Facebook tinham acabado, mais documentos internos da empresa foram revelados por Frances Haugen. A ex-funcionária da companhia, que recentemente prestou depoimento ao senado, entregou o novo acervo para um consórcio formado por grandes veículos de imprensa como o The Washington Post, a Bloomberg, a Reuters e o The New York Times.
O novo conteúdo mostra que a empresa foi alertada por funcionários de que o foco da rede social em engajamento estava ajudando a espalhar fake news e colocava os usuários em risco de violência no mundo real. Entretanto, a empresa teria buscado maximizar o lucro e o domínio de mercado.
Vazamentos do Facebook
Segundo o The Washington Post, a rede social esteve ciente de que amplificou o discurso de ódio. Os vazamentos dizem que os executivos do Facebook sabiam dos problemas da polarização, apesar do CEO Mark Zuckerberg ter minimizado o fato em depoimento no congresso dos EUA.
Além disso, a plataforma teria tido uma ordem vinda de seu fundador para não evitar a desinformação no começo da pandemia da Covid-19. A alegação era de que isso poderia atrapalhar as métricas da rede social. O Facebook nega.
Já a Reuters, reforçou que o Facebook investe menos no combate a fake news em países menos desenvolvidos, o que amplia ainda mais o discurso de ódio. Recentemente, surgiu a informação de que a empresa tinha um número de moderadores baixo e um treinamento de inteligência artificial menos efetivo para alguns idiomas. O exemplo citado é Mianmar, país que recentemente sofreu um golpe de estado organizado também pelas redes sociais.
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O New York Times revelou que o Facebook sabia que suas interações mais importantes: curtir e compartilhar, ajudam no aumento do discurso de ódio e da desinformação. O relatório explica ainda que o fracasso da empresa em mudar isso fará com que ela “promova ativamente (se não necessariamente conscientemente) esses tipos de atividades”.
O problema relatado pelos vazamentos da Bloomberg dão conta de que o Facebook está com cada vez menos jovens entre sua base de usuários, o que prejudica as métricas da empresa e dificulta alguns tipos de publicidades focadas para esse público. Além disso, sem novos usuários, o futuro da plataforma fica comprometido.
O Facebook nega todas as acusações e diz que os documentos e pesquisa foram tirados de contexto e que as declarações são baseadas em premissas incorretas. A empresa ainda diz que não teria lógica tentar prejudicar seus próprios usuários.
Via TechCrunch
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