A invasão hacker ao sistema de águas aconteceu em março de 2019, no Condado de Ellsworth, Kansas, EUA. Uma estação de tratamento foi paralisada após ter seus filtros e sistemas de filtragem e desinfecção, por uma figura externa invadindo o sistema.

O culpado acaba de confessar o crime. Seu nome é Wyatt Travnichek, de 23 anos, e ele é um ex-funcionário da companhia de águas. Sua função era monitorar a estação no período noturno. Em janeiro de 2019, ele pediu demissão e, dois meses depois, realizou seu ataque, durante a madrugada.

Ele foi até a planta, e, usando seu celular, entrou no sistema que já conhecia e paralisou os sistemas de filtragem e desinfecção, colocando em risco a cidade inteira.

A planta, porém, foi paralisada, e ninguém acabou sendo contaminado. Preso, Travnichek havia inicialmente afirmado às autoridades que estava bêbado na noite e não se lembrava de nada.

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Terroristas podem hackear sistema de águas

“Proteger a água potável da América é uma das maiores prioridades da EPA”, afirmou Lance Ehrig, da divisão de investigação criminal da agência. “Na EPA vamos continuar com nossos esforços com o Departamento de Justiça e os estados para investigar e punir quaisquer ameaças que podem ser direcionadas aos recursos de água potável vitais às comunidades.”

O FBI e a EPA (Agência de Proteção Ambiental) recomendaram ao judiciário que condene Wyatt a 12 meses e um dia pela invasão.

Ainda que o ataque tenha sido sem vítimas, demonstra a razão para uma preocupação crescente: o chamado killware, a invasão hacker que pode matar pessoas. Alguém com acesso ao sistema de uma estação de tratamento poderia, no lugar de ter desativado os filtros, mudado a proporção de produtos de tratamento, envenenando a água com cloro ou hidróxido de sódio.

Via Security Week

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