Segundo um informante não identificado, a China pode ter consolidado sua supremacia na supercomputação não com um, mas com dois sistemas exascale. As duas máquinas teriam sido criadas no National Supercomputing Center em Wuxi, conforme a fonte anônima revelou à publicação especializada The Next Platform.

Os computadores – que são o sistema Sunway “Oceanlite” e o Tianhe-3 – supostamente atingiram um pico de capacidade de processamento de 1,3 exaflops. Se isso for verdade, marcaria a primeira vez que um único supercomputador – quanto mais dois – atingiu o limite exascale. 

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O que é a computação exascale?

De acordo com a publicação, os computadores exascale são sistemas capazes de calcular pelo menos 10¹⁸ operações de ponto flutuante por segundo, índice também conhecido como exaflop. 

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Até então, nenhum sistema no mundo atingiu oficialmente essa meta. No entanto, o relatório da Next Platform pode ser um indicador de que a China o atingiu – e que deseja mantê-lo em segredo. 

Cientista trabalhando em um supercomputador do National Supercomputing Center em Wuxi, na China. Imagem: YANGBO – CHINANEWS

Por que ele faria isso? Bem, sabemos que a China e os EUA têm historicamente uma relação fria em termos de inovações científicas e tecnológicas. Recentemente, uma declaração polêmica apimentou ainda mais essa disputa: Nicolas Chaillan, ex-chefe de tecnologia do Pentágono, disse que renunciou em protesto contra o ritmo lento da transformação tecnológica nos EUA – e ainda afirmou que a China está dominando o segmento, em especial no desenvolvimento de inteligência artificial avançada.

China pode ter vazado informação de propósito

Soma-se a isso outra notícia recente de que a China teria lançado um teste de míssil hipersônico – embora eles tenham negado, alegando que era apenas um experimento com uma nave espacial.

Portanto, a China pode ter alcançado a meta de computação exascale, mas deseja manter suas inovações em segredo devido ao clima geopolítico sensível.

A Next Platform também sugere que o país escolheu vazar a informação para evitar a publicação de resultados de benchmark – apenas no caso do supercomputador americano “Frontier” superá-los quando for revelado no futuro. Claro, também pode ser totalmente mentira e o país ainda não atingiu o limite exascale.

Seja qual for o caso, a ideia de que a China pode ter alcançado a computação exascale é empolgante – embora, por enquanto, não passe de especulação.

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