As investigações preliminares da Marinha dos EUA não conseguem determinar o que colidiu exatamente com o submarino nuclear U.S.S. Connecticut (SNI-22) na região do Mar da China Meridional no dia 2 de Outubro deste ano.
O subaquático militar chocou contra um objeto não identificado na região, ferindo gravemente parte da tripulação e danificando severamente os tanques de lastro — o compartimento interno que dá estabilidade às embarcações. O submarino nuclear teve de viajar avariado por uma semana até a base de Guam, na região micronésia do Oceano Pacífico.
Agora, em perícia, os oficiais ainda não conseguem dar um veredito à causa do acidente. A comandante Cindy Fields, representando a Força Submarina da Frota do Pacífico dos EUA, afirmou ao USNI News que o comando não tinha o que acrescentar em sua primeira declaração sobre o que atingiu o SNI-22.
Segundo a representante, duas investigações estão estudando o incidente: a primeira, por um comitê de investigação de segurança da Força Submarina da Frota do Pacífico dos EUA, e a segunda, uma investigação de comando organizada pela 7ª Frota, localizada na base do Japão.
EUA x China: incidente com submarino nuclear aumenta tensões
Enquanto a Marinha dos EUA não determina a causa, a China acusa o país de estar ocultando informações sobre o acidente com o submarino nuclear.
O representante do Ministério de Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que o lado chinês expressou repetidamente graves preocupações sobre o assunto e pediu aos Estados Unidos para emitirem esclarecimentos. Ele afirma em nota:
“Entretanto, até o momento, nós não vimos nada senão uma breve e vaga declaração emitida pelas forças armadas dos EUA com procrastinação, e uma confirmação por um suposto informante de que o incidente aconteceu no Mar da China Meridional. Uma prática irresponsável e suspeita como essa dá, aos países regionais e a comunidade internacional, motivos de sobra para questionar a verdade do incidente e a intenção dos EUA.”
Os eventos só aumentam as tensões entre os dois países: em setembro deste ano, a China aprovou uma lei que considera o Mar da China Meridional como jurisdição do território chinês. O trecho é de importância econômica para Taiwan, utilizado para rotas comerciais, e para países do Sudeste Asiático que realizam extração de petróleo no local.
Segundo o The Economic Times, a China está colocando as forças navais e realizando bloqueios comerciais. Em resposta, os Estados Unidos e o Japão começaram a realizar manobras militares na região.
Imagem: Wikimedia Commons/CC
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