Uma das mais fortes tempestades do atual ciclo climático do Sol atingiu seu pico na quinta-feira (28), levando a uma erupção solar de classe X1, um dos tipos mais poderosos. De acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC), instituição norte-americana que monitora os eventos climáticos do espaço, o ápice do evento ocorreu por volta das 12h35, pelo horário de Brasília.

De acordo com o site Space, a explosão causou um blecaute de rádio temporário, mas forte, no lado ensolarado da Terra centrado na América do Sul. Funcionários da Nasa classificaram a erupção solar como “significativa”, acrescentando que foi capturada em vídeo em tempo real pelo Observatório Solar Dynamics da agência espacial. 

Partículas carregadas de radiação resultantes da ejeção de massa coronal podem atingir a Terra entre sábado e domingo (30 e 31), relatou o SpaceWeather. Como resultado, isso pode interferir nas comunicações de rádio e satélite e sobrecarregar as auroras do Polo Norte do planeta, causando iluminação intensa (e, provavelmente, imagens deslumbrantes).

“POW! O sol acabou de lançar um poderoso sinalizador”, escreveram funcionários da Nasa no Twitter, com uma foto do Sol com o clarão.

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O que é uma erupção solar

De acordo com a Nasa, as erupções solares são explosões massivas de radiação do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela. Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras, com os de classe C relativamente fracos, os de classe M mais moderados e os de classe X como os mais fortes. 

“A classe X denota as chamas mais intensas, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força”, explicou a agência em comunicado. “Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente. Sinalizadores classificados como X10, os mais fortes, são incomumente intensos”.

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Antes da explosão solar X1, uma erupção de grau X1.6, que aconteceu em 3 de julho deste ano, foi a mais forte do atual ciclo solar. Esses ciclos (cuja nomenclatura formal é Ciclo Solar de Schwabe) ocorrem em intervalos de 11 anos, quando ocorre uma série de fenômenos no Sol. Atualmente, nossa estrelal está em seu ciclo número 25.

Essas erupções enviam partículas carregadas de radiação solar à incrível velocidade de 1,6 milhão de km/h, podendo atingir até mais nos casos de sinalizadores de maior classificação. Normalmente, levam alguns dias para chegar à Terra. 

Ainda segundo a Nasa, a explosão de quinta-feira se originou de uma mancha solar chamada AR288, atualmente posicionada no centro da nossa estrela e voltada para a Terra, com base em sua localização. Essa mancha foi responsável por duas erupções solares moderadas de classe M no início do dia.

Uma outra mancha solar ativa, chamada AR2891, também disparou recentemente um sinalizador de classe M ao girar em direção ao lado do Sol voltado para a Terra, em um percurso que levará cerca de duas semanas.

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