Segundo dados de uma pesquisa do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), 60% da população não fez, ou não sabe se fez, testes para a detecção de hepatite C e 52% para hepatite B. O que comprova o descuido dos brasileiros quando o assunto é câncer de fígado, pois a convivência crônica com esses vírus é uma das principais responsáveis pela doença.

A pesquisa da Ibrafig foi realizada pelo Instituto Datafolha, que entrevistou 1.995 pessoas acima de 18 anos em 129 municípios das cinco regiões do Brasil, no período entre os dias 8 e 15 de setembro.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de fígado ocorre em mais de 80% dos casos e é considerado agressivo. Por outro lado, 8 em cada 10 entrevistados afirmaram que sabem que a testagem da hepatite está disponível gratuitamente em unidades públicas de saúde e apesar disso, 47% responderam que não realizam o exame por não sentirem necessidade e 46% por falta de interesse. Inclusive, hepatite C tem cura e a hepatite B possui uma vacina eficaz e gratuita, disponibilizada pelo SUS.

Em caso positivo, os exames das hepatites são importantes para avaliar a evolução do hepatocarcinoma, que normalmente é assintomático e passível de tratamento no estágio inicial. O câncer de fígado pode surgir pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas e a esteatose hepática, chamado também de “gordura no fígado”.

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Homens realizando tratamento de quimioterapia
Crédito: Goodbishop/Shutterstock

Além disso, outros tipos de tumor do fígado são as colangiocarcinomas (inflamação das vias biliares) e angiossarcomas (contato com substâncias carcinogênicas encontrados em agrotóxicos). Há também tumores secundários cuja origem ocorre fora do órgão e evolui até chegar ao fígado.

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O INCA alerta os sintomas que devem chamar atenção, como:

– Dor abdominal;
– Massa abdominal;
– Distensão abdominal;
– Perda de peso inexplicada;
– Perda de apetite;
– Mal-estar;
– Icterícia (tom amarelado na pele e nos olhos);
– Acúmulo de líquido no abdome.

Já as maneiras de prevenir:

– Evitaar doenças metabólicas, como o acúmulo de gordura no fígado (esteatose hepática) e diabetes;
– Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
– Nunca usar esteroides anabolizantes, a não ser com indicação médica específica;
– Evitar lesões pré-malignas, como os adenomas de fígado, relacionados ao uso de anticoncepcionais orais;
– Manter um peso corporal adequado;
– Não consumir alimentos contaminados por aflatoxina – substância produzida por fungos/bolores;
– Não fumar e evitar a inalação da fumaça do cigarro.

Fonte: Agência Einstein e Revista Galileu

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