O cigarro eletrônico é visto como uma alternativa ao uso de tabaco. No entanto, esses dispositivos não devem ser encarados como um produto inofensivo e podem causar sérias lesões no pulmão.

Em entrevista ao R7, o pneumologista Flávio Arbex, médico do ambulatório de doenças cardiorrespiratórias da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), falou sobre o risco desses dispositivos, também conhecidos como vape.

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“A redução do cigarro comum por meio do eletrônico foi muito abordada pela própria indústria do tabaco, mas não vemos isso com bons olhos. Já existem relatos na literatura médica de pessoas jovens que ficaram com danos pulmonares agudos por causa do uso do cigarro eletrônico, inclusive com necessidade de transplante pulmonar”, afirma o especialista.

Ao contrário do que muita gente pensa, o cigarro eletrônico (ou vape) é proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2019, justamente pelos danos causados por esses dispositivos à saúde. No entanto, entre os jovens, o produto virou moda.

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Cigarro eletrônico virou moda

Mesmo as essências com sabores, um dos principais atrativos desses dispositivos, liberam algumas substâncias causadoras de doenças cardiovasculares. Até por conta disso, já existe uma doença chamada de lesão pulmonar associada ao cigarro eletrônico, evali na sigla em inglês.

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“É uma lesão aguda no pulmão. Não temos ideia do que o uso do cigarro eletrônico pode causar a longo prazo, porque é um uso relativamente recente. As pessoas acham que é uma troca simples quando deixa o cigarro convencional por esse [vape], mas não é. Pode ser que a longo prazo vejamos os danos e daqui a 30 anos estejamos pagando um preço por aceitar essa troca”, completou o médico.

Mesmo com a proibição, é fácil ver o vape sendo vendido nas redes sociais. O consumo do produto, em si, não é crime, apenas a comercialização. A Anvisa não recomenda que fumantes troquem o cigarro comum pelo eletrônico e nem que pessoas não fumantes consumam o produto.

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