Enquanto seus cientistas ainda não reativam os instrumentos científicos do telescópio espacial Hubble, que estão em modo de segurança desde o dia 25 de outubro, a Nasa continua divulgando imagens impressionantes captadas pelo observatório no universo.

Dessa vez, nossos olhos são presenteados com a foto dessa superbolha, tão espetacular quanto misteriosa, presente na nebulosa N44. 

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Imagem: NASA, ESA, V. Ksoll e D. Gouliermis (Universität Heidelberg), et al .; Processamento: Gladys Kober (NASA / Universidade Católica da América)

De acordo com a Nasa, a superbolha, que aparece na parte superior central da nuvem de gás, é de particular interesse porque os cientistas ainda não conseguiram descobrir como a estrutura de 250 anos-luz de largura pode ter se formado.

N44 é uma nebulosa complexa, localizada na Grande Nuvem de Magalhães, a 170 mil anos-luz da Terra, cheia de gás hidrogênio brilhante, faixas escuras de poeira, estrelas massivas (com massa oito vezes maior que o Sol) e muitas populações de outras estrelas de diferentes idades. 

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Ela é classificada como uma nebulosa de emissão, o que significa que seu gás foi energizado, ou ionizado, pela radiação de estrelas próximas. À medida que o gás ionizado começa a resfriar de seu estado de energia superior para um estado de energia inferior, ele emite energia na forma de luz, fazendo com que a nebulosa brilhe. 

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Nasa tem algumas suspeitas sobre superbolha captada pelo Hubble

Como se não bastasse toda essa magnitude, N44 apresenta essa imensa lacuna que intriga os especialistas.

“Os ventos estelares expelidos por estrelas massivas no interior da bolha podem ter afastado o gás, mas isso é inconsistente com as velocidades do vento medidas na bolha”, revelou a Nasa, em comunicado. “Outra possibilidade, uma vez que a nebulosa está cheia de estrelas massivas que expirariam em explosões titânicas, é que as camadas em expansão de velhas supernovas teriam esculpido a caverna cósmica”.

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Ainda segundo o comunicado, os astrônomos encontraram um remanescente de supernova nas proximidades da superbolha e identificaram uma diferença de aproximadamente 5 milhões de anos na idade entre as estrelas dentro e na borda do buraco.

Isso indica múltiplos eventos de formação estelar de reação em cadeia. Na imagem feita pelo Hubble, a área de um azul profundo em torno da superbolha “é uma das regiões mais quentes da nebulosa e a região de formação estelar mais intensa”, diz a assessoria de comunicação da Nasa.

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