Um novo estudo apresentado na Reunião Científica Anual do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI) mostrou que a maioria das mulheres grávidas com alergia à penicilina que foram testadas não eram alérgicas e podiam tolerar a penicilina durante o trabalho de parto.

Nos Estados Unidos, 9 em cada 10 pessoas que acreditam que são alérgicas à penicilina, quando na verdade, não são. Além disso, os antibióticos não são tão eficazes quanto a penicilina e então, seu uso pode aumentar a resistência aos antibióticos. 

“Das 32 mulheres grávidas que avaliamos, 25 fizeram testes cutâneos para alergia à penicilina e todas foram negativas”, contou Benjamin Wang, autor do estudo. De acordo com ele, oito das 25 pacientes tiveram gravidez sem complicações e não tiveram necessidade de penicilina durante a gravidez.

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Enquanto isso, duas das mulheres grávidas receberam antibióticos antes da conclusão do desafio oral graduado por causa de lacerações cutâneas inesperadas relacionadas ao parto. “Treze testaram positivo para o Grupo B Strep (GBS) e foram submetidos a testes cutâneos e um desafio oral, seguido de receber penicilina durante o trabalho de parto”, disse Wang.

Apenas as mulheres grávidas com teste positivo ou que precisaram de penicilina foram submetidas a um desafio de amoxicilina oral. Isso porque a GBS é um tipo de bactéria que às vezes é encontrada em mulheres grávidas, sendo que geralmente não causa problemas de saúde, mas pode ser prejudicial aos recém-nascidos.

“O teste de alergia à penicilina é importante para qualquer pessoa que recebeu um rótulo de alergia à penicilina quando criança e ainda o carrega quando adulto”, comentou a alergista Mariana Castells. Ela concluiu que isso ajuda a prescrever o medicamento certo.  

Fonte: Medical Xpress

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