A fama do ‘chip da beleza’ está crescendo e mais pessoas estão procurando o implante hormonal para obter algum tipo de melhora estética ou até mesmo um desempenho físico superior. No entanto, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) divulgou uma nota desaprovando o uso do implante.
Inicialmente, o dispositivo tinha como foco um tratamento terapêutico para sintomas da menstruação, menopausa, doenças dependentes do estrogênio e contracepção. Porém, o implante possui alguns supostos efeitos colaterais, que podem envolver aumento da massa muscular, libido e disposição física, o que está gerando interesse em muita gente.
O implante é feito à base de gestrinona, um hormônio sintético da progesterona, que aumenta os níveis de testosterona no corpo. O hormônio sintético é estudado para combate da endometriose desde 1970 e seu uso oral via comprimidos é autorizado pela Anvisa.
No entanto, faltam provas de que os implantes são seguros por eles serem customizáveis, o que pode causar a superdosagem ou subdosagem em alguns pacientes.
“A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) (…) não reconhece os implantes de gestrinona como uma opção terapêutica para tratamento de endometriose, rechaça veementemente o seu uso como anabolizante para fins estéticos e de aumento de desempenho físico”, afirmou o órgão em nota.
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A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) também criticou o ‘chip da beleza’. Na ocasião, o órgão ressaltou que os implantes em questão não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Febrasgo informou que os implantes hormonais manipulados não são recomendados “seja com a finalidade de realizar a terapêutica hormonal da menopausa ou anticoncepção, por escassez de dados de segurança, especialmente de longo prazo”.
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