Após ser acusada de dificultar a troca de telas do iPhone 13, a Apple mudou de postura e anunciou nesta quarta-feira (17) que venderá peças e ferramentas para que os clientes façam reparos nos iPhone 12 e 13.
De acordo com a empresa, a iniciativa faz parte de um programa de reparo de autoatendimento. Em um primeiro momento, serão disponibilizados componentes como telas, baterias e câmeras do iPhone 12 e 13. No futuro, os usuários também poderão adquirir componentes e ferramentas para reparos dos computadores Mac com chips M1. O serviço estará disponível apenas nos Estados Unidos a partir do primeiro trimestre, mas a expectativa é que ele se expandirá para mais países ao longo de 2022.
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Apple dificultou o reparo de dispositivos
A Apple é uma das empresas que mais dificultou o reparo dos seus produtos por usuários ou assistências técnicas não autorizadas. Recentemente, usuários descobriram que o iPhone 13 é configurado para desabilitar recursos de segurança como o Face ID quando tem a sua tela trocada por um componente de terceiros, mesmo se o problema não atingir peças como a câmera de selfie, o recurso é desativado automaticamente.
A solução encontrada é transferir chips de autenticação da tela original para a trocada em um processo complicado que envolve ferramentas que, até então, não eram comercializadas pela empresa.
Além da Apple, outras fabricantes como a Nintendo e a Microsoft também são conhecidas por exigir chaves e ferramentas com padrões proprietários que dificultam a abertura dos seus dispositivos.
Direito ao reparo
Apesar da pressão popular, a mudança da Apple não busca atender necessariamente aos usuários. Ela adequa a empresa às normas do Direito ao Reparo – um decreto emitido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no início do ano, que determina que empresas americanas não podem dificultar a troca de componentes ou exigir que consumidores façam o serviço em assistências autorizadas.
De acordo com o governo americano, a medida busca facilitar o acesso à tecnologia das classes mais pobres e consumidores de produtos seminovos, cuja garantia muitas vezes já não está em vigor.
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