1 de dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, data que está sendo usada como gancho para a divulgação de pesquisas sobre a doença. Um novo levantamento publicado no jornal médico Eurosurveillance levantou quais são os cinco grupos populacionais mais afetados pelo HIV no continente europeu.

De acordo com o estudo, as populações mais afetadas pela Aids são: homens que fazem sexo com outros homens, usuários de drogas injetáveis, presos, profissionais do sexo e pessoas transexuais. O sexo entre homens foi o principal modo de transmissão do vírus, com 39% dos novos diagnósticos de 2019.

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Em segundo lugar, ficou o uso de drogas injetáveis com compartilhamento de seringas, que foi responsável por 4% dos novos diagnósticos no mesmo período. Porém, existe a possibilidade de haver subnotificação entre outros grupos, que não costumam fazer testes de HIV regularmente.

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Por que esses grupos são mais vulneráveis?

Segundo os pesquisadores, esses grupos populacionais são mais afetados pela Aids por conta de fatores estruturais, legais, sociais, econômicos, comportamentais e biológicos. Além disso, falta uma forma padronizada de coletar e incluir informações sobre fatores de risco, como prisão ou trabalho sexual.

O estudo consistiu em uma revisão sistemática de uma série de 87 pesquisas realizadas entre 2009 e 2019 em 23 países diferentes, todos eles na Europa. Os dados foram agrupados por grupos populacionais e apresentados em gráficos de floresta divididos por país com prevalência simples ou agrupada.

Lacuna de conhecimento

Imagem mostra quatro mãos, umas em cima das outras, com as palmas para cima também, segurando uma fita vermelha que é símbolo do combate ao vírus HIV causador da Aids
Estudos reforçam os estereótipos dos “grupos de risco” para HIV e Aids. Crédito: Shutterstock

A maior parte dos estudos foi focado em homens que fazem sexo com outros homens e usuários de drogas injetáveis. Entre populações de prisioneiros, profissionais do sexo e transexuais, o número de estudos foi feito em um número bem menor de países.

Por conta disso, os autores da revisão sistemática apontam que existe uma grande lacuna de conhecimento sobre a prevalência do HIV em grupos populacionais que fujam dos estereótipos dos homens que fazem sexo com outros homens e usuários de drogas injetáveis.

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