As farmacêuticas Pfizer e Merck estão aguardando o término do processo de revisão por parte do FDA, órgão dos Estados Unidos similar à Anvisa, de dois comprimidos antivirais contra a Covid-19. Caso aprovados, esses dois medicamentos têm a possibilidade de mudar o curso da pandemia no país e no mundo.
Caso aprovados, os medicamentos têm o poder de mudar significativamente o curso da pandemia da Covid-19 no mundo, já que a doença pode se tornar tratável por meio de remédios, algo que hoje não é possível. Ou seja, com um tratamento mais simples, a pandemia pode finalmente ter um fim à vista.
Conheça o medicamento da Pfizer
O medicamento da Pfizer, que recebeu o nome comercial de Paxlovid, caso aprovado, será usado para casos leves a moderados de Covid-19 em pessoas com alto risco de hospitalização ou morte. O medicamento é um bloqueador de protease, que bloqueia uma enzima necessária para a replicação do vírus.
Os pacientes precisariam tomar dois comprimidos de Paxlovid por dia, durante cinco dias, em conjunto com um outro medicamento de uso oral, o ritonavir. A função desse segundo comprimido é de ajudar o Paxlovid a permanecer ativo no organismo por um maior período de tempo, bloqueando a replicação do vírus.
Leia mais:
- Eficácia das vacinas contra Ômicron começa a ser avaliada em testes
- Pensão de R$ 1,1 mil para pessoas com sequelas da Covid-19 é avaliada pelo Senado
- Covid-19: Butantan descobre duas linhagens da variante delta circulando em São Paulo
De acordo com a Pfizer, o uso do Paxlovid em conjunto com o ritonavir deve começar no máximo três dias após os primeiros sintomas da Covid-19. Segundo a empresa, os estudos mostraram uma diminuição de 89% no risco de hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco.
Merck e o molnupiravir
Já o medicamento da Merck, o molnupiravir, é um medicamento do tipo análogo de nucleosídeo, que tem a função de evitar que o vírus da Covid-19 se replique. Para isso, ele introduz “erros de cópia” no RNA do vírus durante o processo de replicação do patógeno.
Caso seja autorizado, o molnupiravir precisará ser tomado oito vezes ao dia durante cinco dias, sem nenhum outro comprimido em conjunto. Segundo a Merck, o início do tratamento deve começar cinco dias após o início dos sintomas, o que deve reduzir o risco de hospitalizações de grupos vulneráveis em cerca de 50%.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!