Embora díspares à primeira vista, tecnologia espacial e direção autônoma são tópicos em comum, já que ambas precisam de comunicação por satélite para funcionar. É por conta dessa conexão que o Darwin Innovation Group, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento científico sediada em Londres, recebeu financiamento da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e da Agência Espacial do Reino Unido para testar um microônibus autônomo. Os ensaios começaram na segunda-feira (29) no Harwell Science and Innovation Campus, que fica no condado de Oxfordshire, sudeste da Inglaterra.
Um dos pontos principais deste microônibus autônomo é que, em vez de depender do Wi-Fi terrestre, como a maioria dos veículos do tipo, a navegação ocorre via satélite — habilitada por redes 5G. Projetado pela empresa francesa Navya, o veículo funciona a bateria e utiliza sensores LiDAR, câmeras e sensores de ultrassom para circulação, além de ter uma antena de satélite (GNSS) para posicionamento. Não há volante, mas os controles de segurança podem ser gerenciados por um operador a bordo.
A Darwin ficará responsável pela manutenção e monitoramento do serviço, rastreando a localização do veículo e reunindo informações sobre a operação. Os dados telemáticos serão transmitidos do ônibus em tempo real utilizando canais de comunicação a satélite da operadora espanhola Hispasat.
Uso em áreas rurais
O governo do Reino Unido acredita que os testes com o microônibus autônomo poderão servir para futuras operações afins em áreas remotas ou rurais, onde há pouca ou nenhuma cobertura terrestre. Ao mesmo tempo, ajudar a expandir o transporte sem a necessidade de um motorista por todo o país.
“Desbloqueando o poder do espaço e da tecnologia de satélite, esses novos ônibus poderão ficar conectados o tempo todo”, explicou o ministro da ciência do Reino Unido George Freeman, do Partido Conservador. “Nossa estratégia espacial nacional promete colocar a tecnologia espacial no centro dos nossos esforços para tornar o Reino Unido uma superpotência de ciência e inovação.”
Vale lembrar que esta não é a primeira experiência com transporte de passageiros autônomo na Europa. No fim de 2017, a Navya, companhia que fez o microônibus da Darwin, projetou um veículo semelhante para a cidade de Friburgo, na Suíça, onde foi possível transportar milhares de passageiros com segurança.
Via Autoevolution
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