A Meta, que anunciou recentemente uma ferramenta capaz de gerenciar as publicações que aparecem no feed do Facebook, pode ser obrigada a vender a Giphy, uma plataforma de imagens animadas comprada pela empresa no ano passado pela bagatela de US$ 400 milhões (R$ 2,26 bilhões em conversão direta).

A decisão foi divulgada nesta terça-feira (30) pelo órgão regulador de concorrência britânico CMA (Competition and Markets Authority, ou Autoridade de Concorrência e Mercado) e já vinha sendo considerada desde agosto.

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As autoridades afirmam que a aquisição vai prejudicar diretamente a concorrência do Facebook com outras redes sociais, além de impactar no mercado de anúncios digitais.

“Ao exigir que o Facebook (Meta) venda a Giphy, estamos protegendo milhões de usuários de mídias sociais e promovendo a concorrência e a inovação na publicidade digital”, afirmou Stuart McIntosh, uma das autoridades que liderou a investigação contra a empresa de Mark Zuckerberg.

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Nesta ilustração da foto, os logotipos do Giphy e do Facebook são vistos em um telefone celular e uma tela de computador
Meta, antigo Facebook, pode ser obrigada a vender a plataforma Giphy. Imagem: viewimage/Shutterstock

Apesar da definição das autoridades, se depender da Meta esse embate ainda terá novos capítulos: “Estamos revisando a decisão e considerando todas as opções, incluindo o recurso”, disse um porta-voz da empresa.

Por fim, vale lembrar que o Facebook comprou a Giphy em maio do ano passado, época em que a empresa ainda era conhecida pela sua marca original. A ideia do negócio era integrar o aplicativo de criação e compartilhamento de imagens animadas ao Instagram.

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Via: Folha

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Meta vai restringir anúncios baseados em tópicos sensíveis

Em meio a polêmica envolvendo a aquisição da Giphy, a Meta anunciou que também pretende restringir anúncios que podem ser prejudiciais aos usuários. A empresa de Mark Zuckerberg vai remover opções detalhadas de segmentação de publicidade para milhares de tópicos sensíveis a partir do dia 19 de janeiro de 2022 no Facebook.

A mudança vai barrar, por exemplo, anúncios com conteúdo relacionado a etnia, saúde, crenças políticas, religião e orientação sexual, dentre outras questões. Além disso, a companhia também dará mais controle ao usuário. Em 2022, quem usa o Facebook terá a opção de ver menos propagandas vinculadas a temas delicados.

Imagem principal: rafapress/Shutterstock

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