Prós
  • Gameplay fluida
  • Qualidade de áudio
  • Qualidade de vídeo
Contras
  • Customização de personagens ainda limitada

A Versão 1.0 de ‘GTFO’ foi finalmente lançada pela desenvolvedora 10 Chambers. O título começou a ser desenvolvido pelo estúdio sueco em 2015, revelado em 2017 e com o primeiro acesso em 2019. Agora, seis anos depois de tudo ter começado, ele chega para valer com diversas atualizações, lançado durante o Game Awards, na noite desta quinta-feira (9), em Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia (madrugada de sexta-feira, no Brasil).

Voltado para PC. ‘GTFO’ é um jogo cooperativo de tiro em primeira pessoa. Antes mesmo da estreia, o Olhar Digital foi convidado pela 10 Chambers para ir até a cidade de São Francisco, também na Califórnia, para jogar o título em primeira mão. O hands-on aconteceu na sede da Unity, companhia que cede o motor para o game sueco.

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É importante começar este review dizendo que eu tenho uma péssima coordenação, seja jogando algo que exija fisicamente ou mesmo jogos eletrônicos. O que não me impede de gostar de jogar, mas acaba me deixando tímida quando na presença de jogadores com melhor preparo e com medo de prejudicar a equipe. Mas, a versão 1.0 ‘GTFO’ mudou um pouco dessa minha perspectiva, porque (depois de alguns minutos para me encontrar, é verdade) eu também consegui contribuir com o time.

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Outro detalhe que vale compartilhar: eu sou medrosa. Covarde mesmo. Do tipo que tem pesadelos com o Demogorgon de ‘Stranger Things’ até hoje. Então, ao ser convidada para testar um jogo de terror, bateu logo um nervosismo, que só passou também depois da primeira partida. Mas porque ‘GTFO’ não é bem horror. Ele é um jogo tenso, com muito suspense.

Primeiro, também é bom ressaltar também que ‘GTFO’ precisa de pelo menos dois seres humanos para jogar. Como o game é composto por equipes de quatro integrantes, inicialmente ele exigia que todos fossem jogadores reais. Mas, pensando naquelas pessoas que não têm tantos amigos assim, os desenvolvedores decidiram permitir que dois usuários ganhem acréscimos de dois bots para completar a equipe na atualização.

GTFO
O primeiro acesso de ‘GTFO’ foi em 2019. Imagem: 10 Chambers/Divulgação

Ao entrar no game, o jogador pode escolher o nível que vai disputar, com a possibilidade de ser anfitrião ou ter algum dos amigos no papel. Em seguida, vai customizar o personagem (infelizmente sem versões femininas), algo que também é novidade. Aqui, é bom ter consciência do que os outros vão escolher, para que haja diversidade entre as armas. Também é bom que alguém sempre mantenha o equipamento para detectar os inimigos, sobre os quais falarei em breve. De todo modo, é algo bastante simples de fazer.

Logo depois é quando começa a tensão. Os personagens são prisioneiros abandonados à própria sorte por uma entidade misteriosa chamada O Guardião, The Warden, em inglês, em um ambiente repleto de tarefas complicadas e criaturas grotescas. Cada fase dá aos jogadores uma missão, começando fácil e ficando mais difícil, obviamente. A chegada no ambiente já exige bastante atenção.

Com um computador que encontre os requisitos mínimos, o jogo roda de maneira bastante fluida, com boa qualidade de áudio e imagem. Algumas áreas até são escuras, dificultando o jogador de enxergar, mas não por algum tipo de erro. É proposital. Afinal, o lugar em que os prisioneiros estão precisa ser assustador e deixar todo mundo muito tenso.

GTFO
Os inimigos são realmente assustadores se você é covarde igual a mim. Imagem: 10 Chambers/Divulgação

Bom, mas ao jogo de fato. O time precisa ter bastante cuidado e se dividir durante a busca por suprimentos, seja de armas ou médicos, e encontrar terminais e abrir as portas (e lembrar de fechá-las!). Isso exige uma certa minúcia e muito, mas muito trabalho em equipe mesmo. Ao encontrar as passagens, vale dar uma olhada nos mapas e entender para onde ir.

Os inimigos, bichos esquisitíssimos com enormes bocas que ocupam toda a cabeça e lançam ataques aos jogadores, podem ser atacados enquanto dormem, mas são facilmente acordados pela luz ou barulho. É bom ter noção de onde eles estão, com os equipamentos escolhidos antes do início da partida.

Quando tentar passar pelas portas, ao saber quantos monstros podem ser encontrados, o time precisa trabalhar para decidir como impedir o avanço. Nessa hora, uma ideia interessante é usar as minas (e recolher as que não forem detonadas). Ah, e também tem que passar pelos scaners. Tudo isso enquanto defende o grupo.

Nossa avaliação
Nota Final
9.0
  • Jogabilidade
    9.0
  • Diversão
    8.0
  • Gráficos
    8.0
  • Som
    10.0

Mas, fica a dica para não cometer os mesmos erros que eu: como ‘GTFO’ se passa em um ambiente bastante assustador, é complicado encontrar mais munição. Então, evite o desperdício. Eu demorei um pouco a me lembrar disso e acabei precisando lidar com os inimigos usando armas mais rudimentares, o que me obrigou a chegar bem perto deles.

E chegar perto dos monstros acordados deixa o jogador sujeito a ataques mais fortes. Assim, o dano acaba sendo grande, o que me levou a prejudicar a equipe caindo seguidas vezes. De todo modo, durante as partidas, membros dos times também podem ajudar a levantar aqueles que caírem. E aí quem ia me ajudar, acabava sendo atacado também. É realmente complicado. A partida apenas é encerrada, em caso de derrota, se todos os integrantes forem abatidos pelos inimigos. Por outro lado, completar a missão é o que leva à vitória.

No fim das contas, ‘GTFO’ é um jogo muito interessante e divertido, apesar da tensão causada pela situação dos personagens, seja para veteranos dos games de tiro em primeira pessoa cooperativos, seja para gente ruim de coordenação motora, que acaba aprendendo a lidar durante o caminho. Como foi o meu caso.

Confira o trailer de ‘GTFO’:

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