Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30 mil crianças nascem com problemas no coração a cada ano no Brasil. Destas, cerca de 20% precisam de mais de uma cirurgia no órgão durante os primeiros anos de vida. Para ajudar na recuperação desses pacientes e evitar novos procedimentos, um estudo está analisando duas formas distintas de proteger o local após a operação.
O ensaio clínico foi conduzido pela Universidade de Birmingham e financiado pela British Heart Foundation. A pesquisa se baseia em formas de escolher o melhor tipo de cardioplegia, um fluido usado para parar os batimentos cardíacos durante cirurgias e, embora seja seguro, o fato do órgão perder o fluxo sanguíneo durante o período pode causar danos ao músculo do coração, atrasando a recuperação das crianças.
Crianças que passam por cirurgias no coração
A pesquisa vai comparar a cardioplegia del Nido com a cardioplegia de St Thomas, dois tipos distintos do fluido comumente utilizados nos Estados Unidos e no Reino Unido. 220 crianças, que vão ser submetidas a operações no coração, participam da pesquisa. Metade vai receber um tipo de fluído e metade vai receber o outro.
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Após isso, os pesquisadores vão avaliar qual composto causou menos danos ao coração e possibilitou uma recuperação mais rápida das crianças. “Ao melhorar a maneira como protegemos o coração durante a cirurgia, esperamos que as crianças se recuperem da cirurgia mais rapidamente e com menos complicações”, disse Nigel Drury, chefe do estudo.
“Esses benefícios iniciais também podem levar a melhores resultados em longo prazo, com menos lesões e cicatrizes no músculo cardíaco. Como as crianças com defeitos cardíacos graves muitas vezes precisam de várias operações, elas terão muito a ganhar melhorando a forma como protegemos o coração durante cada cirurgia”, completou ainda.
“Os defeitos cardíacos são a anomalia congênita mais comum em bebês nascidos no Reino Unido, por isso é importante que continuemos a refinar os tratamentos para essas condições para ajudar a melhorar a vida de pacientes jovens”, finaliza a dra. Shannon Amoils, Conselheira de Pesquisa Sênior da British Heart Foundation.
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