No início da semana, a Nasa emitiu um comunicado dando sinal verde para outra missão tripulada privada para a Estação Espacial Internacional (ISS). A agência trabalhará com a Axiom Space para encontrar uma janela para a segunda missão da empresa no laboratório orbital.
Chamado de Ax-2, o voo está programado para ser lançado no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, entre o último trimestre de 2022 e os três primeiros meses de 2023.
A Axiom, que tem sede em Houston, no Texas, contratou a SpaceX para lançar quatro missões tripuladas à ISS usando cápsulas Crew Dragon e foguetes Falcon 9. O primeiro desses voos, Ax-1, está programado para decolar no próximo dia 21 de fevereiro. Ele será comandado por Michael Lopez-Alegria, um ex-astronauta da agência espacial norte-americana que agora trabalha na startup, e levará três turistas espaciais, cada um dos quais pagou US$55 milhões (R$314 milhões) para fazer parte da missão de oito dias.
De acordo com o site Space, o Ax-2 não durará mais do que 14 dias e será comandado por Peggy Whitson, também ex-astronauta da Nasa e atual funcionária da Axiom. Um de seus três companheiros de tripulação será o piloto de automóveis e investidor John Shoffner, segundo a Axiom, que não revelou a identidade dos outros dois tripulantes.
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Nasa anunciou voos adicionais em junho
No entanto, todos esses nomes são provisórios, uma vez que a Nasa tem voz ativa nas seleções de pessoal. Os tripulantes do Ax-1 propostos, por exemplo, “ainda estão concluindo as avaliações finais pela Nasa e seus parceiros internacionais”, relatou a agência no comunicado emitido na segunda-feira (13).
Ax-2 é a primeira de duas missões tripuladas privadas adicionais para a ISS que a Nasa selecionou com base em uma chamada de propostas extras feita em junho. “Habilitar missões de astronautas privados para a Estação Espacial Internacional é parte do objetivo da agência de desenvolver uma economia em órbita terrestre robusta da qual a Nasa é um dos muitos clientes e que é liderada pelo setor privado”, diz o comunicado da agência. “Essa estratégia fornecerá os serviços de que o governo precisa a um custo menor, permitindo que a agência se concentre em suas missões Artemis à Lua e a Marte, enquanto continua a usar a órbita baixa da Terra como um campo de treinamento e teste para essas missões no espaço profundo”.
Por enquanto, a Nasa ainda não selecionou a segunda das duas missões planejadas descritas no anúncio de junho, que estipula que os voos devem ser intermediados por organizações dos EUA e em espaçonaves americanas. “A Nasa vai reunir lições aprendidas com o primeiro voo privado de astronautas, bem como outras atividades da estação aplicável e anunciar uma nova oportunidade de voo no futuro”.
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