Inicialmente programado para ser lançado em novembro de 2019 e com diversos atrasos, boa parte por causa da pandemia da Covid-19, o filme ‘King’s Man: A Origem’, só chegará aos cinemas brasileiros no dia 6 de janeiro do ano que vem. E, se já posso começar aqui dando um conselho: não perca seu tempo.

A não ser que você realmente esteja sem fazer nada e com dinheiro sobrando para comprar o ingresso. Ou alguém te convide para ir. No mais, talvez seja melhor esperar o longa da 20th Century Studios chegar às plataformas de streaming, possivelmente o Star+. E nem é porque é o pior filme do mundo. Longe disso. É só porque é mais do mesmo.

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‘King’s Man: A Origem’ é só mais um filme em cartaz, que se perde em meio às recentes estreias de, por exemplo, ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’ e ‘Matrix Resurrections’. Diria até que, e aqui vai um pouco de nostalgia, ‘Turma da Mônica: Lições‘.

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Claro, o longa busca uma certa precisão com figuras históricas da Primeira Guerra Mundial, começando logo com uma tentativa de prevenção do assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando. Que, naturalmente, falhou. Do contrário, não haveria filme.

A parte mais curiosa entre essas pessoas, sinceramente, é o fato de Tom Hollander (não, gente, não é o Homem-Aranha) interpretar três personagens. O ator, que ficou conhecido por dar vida ao Lord Cutler Beckett na trilogia ‘Piratas do Caribe’, faz os três líderes mundiais de destaque: o Rei George V, da Inglaterra, o Kaiser Wilhelm II, da Alemanha, e o Czar Nicolau II, da Rússia.

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O trio é retratado como primos, netos da rainha Vitória, da Inglaterra. De fato, os três eram parentes. Mas só isso mesmo. Fica parecendo até que o problema entre eles, que acabou protagonizando a Primeira Grande Guerra, era uma birra infantil. E não, isso não ficou engraçado.

King's Man A Origem
Harris Dickinson (E) é Conrad Oxford e Djimon Hounsou (D) é Shola (eu sei que esse nome é difícil para pernambucanos ouvirem sem rir). Imagem: 20th Century/Divulgação

Uma interação interessante, mas que infelizmente acaba ficando ali pela metade de ‘King’s Man: A Origem’, é a de Voldemort e Xenophilius Lovegood. Digo, entre Ralph Fiennes e Rhys Ifans. Para os Potterheads, é a lembrança da saga ‘Harry Potter’ quando Orlando (Fiennes) e Grigori Rasputin (Ifans) finalmente dividem a tela. E Ifans mais uma vez entrega um personagem excêntrico gerando vergonha alheia, ou cringe, para os jovens.

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Se preciso ressaltar pontos positivos, como espectadora da série ‘Outlander’ que sou, é interessante ver a presença de homens vestindo kilts. Outra coisa que ‘King’s Man: A Origem’ também traz para a tela é o carinho fraterno entre homens, sem masculinidade tóxica. Importante também citar a presença de Daniel Brühl, porque ele sempre vale ser lembrado.

O longa até tem bastantes cenas de ação. Só que nada para empolgar os espectadores. Vale ver. Em uma quarta-feira chuvosa desocupada no sofá de casa.

Confira trailer e sinopse de ‘King’s Man: A Origem’:

Quando os criminosos mais cruéis da história se reúnem para tramar uma guerra para roubar milhões, um homem deve correr contra o tempo para detê-los. Descubra as raízes da primeira agência de inteligência independente em ‘King’s Man: A Origem’, dirigido por Matthew Vaughn.

O elenco do filme conta com Ralph Fiennes, Gemma Arterton, Matthew Goode, Tom Hollander, Harris Dickinson, Daniel Brühl, Djimon Hounsou, Charles Dance, Aaron Taylor-Johnson, Neil Jackson, Stanley Tucci, Joel Basman, Alison Steadman, Robert Aramayo e Alexandra Maria Lara.

Além de dirigir, Matthew Vaughn coescreveu o roteiro de ‘King’s Man: A Origem’, junto a Karl Gajdusek, baseado nos quadrinhos ‘Kingsman’, de Mark Millar e Dave Gibbons. O cineasta também integrou o time de produção, com David Reid e Adam Bohling. O longa se junta a ‘Kingsman: Serviço Secreto’ (2014) e ‘Kingsman: O Círculo Dourado’ (2017), também dirigidos, produzidos e escritos por Vaughn.

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