Com dois lançamentos realizados na “última hora”, em 29 de dezembro, a China fechou 2021 com nada menos do que 55 lançamentos de foguetes, mais que qualquer outro país neste ano. Na verdade, mais do que EUA (48), Japão (3) e Índia (1) somados.

O primeiro a subir foi o satélite Tianhui 4, a bordo de um foguete Chang Zheng 2D que decolou do centro espacial de Jiuquan às 8h13 (horário de Brasília). Ele foi colocado em uma órbita polar (que cruza os polos norte e sul da Terra). Detalhes como o peso da carga não foram revelados.

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Foguete Chang Zheng 2D decola com o satélite Tianhui 4 a bordo. Imagem: Weibo.
Foguete Chang Zheng 2D decola com o satélite Tianhui 4 a bordo. Imagem: Weibo.

Este é o primeiro satélite da série Tianhui 4, criado para “observação da Terra e mapeamento para fins civis e militares”, desenvolvido pela Chinese Association of Science and Technology. Os satélites são parte de um programa chamado Zyuan, que foi iniciado em 2005.

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Não se sabe quais os equipamentos e novidades integrados à quarta geração do Tianhui. Versões anteriores eram equipadas com três instrumentos de observação: uma câmera pancromática e uma câmera pancromática CCD, ambas com resolução de cinco metros, e uma câmera multi-espectral com resolução de 10 metros.

Chang Zheng 3B decola com o satélite TJSW-9. Imagem: CASC
Chang Zheng 3B decola com o satélite TJSW-9. Imagem: CASC

Às 13h43 foi lançado o Tongxin Jishu Shiyan Weixing 9 (TJSW-9), a bordo de um foguete Chang Zheng 3B que decolou do centro de lançamento de satélites de Xichang. Colocado em órbita geoestacionária (onde o satélite acompanha a rotação da Terra, e portanto está sempre sobre o mesmo ponto do planeta) o satélite oficialmente foi criado para “teste de tecnologia de comunicação para rádio, TV e transmissão de dados”. Mas segundo o site Nasa Spaceflight, isto é um disfarce, e seu propósito real seria militar.

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O TJSW-9 foi desenvolvido pela China Academy of Spaceflight Technology (CAST), que já desenvolveu outros dois satélites da série TJSW que foram usados para obtenção de inteligência de sinais e para teste e demonstração de tecnologia de comunicação multi-banda em alta velocidade para os militares chineses. Acredita-se que o TJSW-9 seja uma continuação destes modelos anteriores.

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