Michael Keaton, intérprete do herói em “Batman”, de 1989, e “Batman: O Retorno”, de 1992, explicou durante entrevista ao podcast In the Envelope por que decidiu recusar o papel para “Batman Eternamente”, de 1995. Segundo o ator, o tom que o filme adotou e a mudança na personalidade do personagem foi algo que ele não conseguiu aceitar.
“Quando eu me encontrei com o diretor que assumiu [Joel Schumacher], eu disse ‘desse jeito eu não consigo’”, explicou Keaton sobre Schumacher, que substituiu o antigo diretor Tim Burton.
“Ele era um homem bom, faleceu recentemente e eu não falaria mal dele mesmo se ele estivesse vivo. Mas depois de algumas reuniões, eu tentei convencê-lo de que não deveríamos ir naquela direção, que devíamos buscar outra. Mas ele simplesmente não aceitava. Ele me disse ‘não entendo por que tudo precisa ser tão sombrio e triste.’ Eu respondi ‘você sabe como esse cara se tornou o Batman? Você já leu alguma coisa dele?’ É muito simples”, acrescentou. O cineasta morreu em junho de 2020, aos 80 anos, em decorrência de um câncer.
“Batman Eternamente” teve uma boa arrecadação em bilheteria, porém, foi muito criticado justamente pela mudança de “clima” em torno do personagem, já que o filme, em tese, era uma continuação dos dois anteriores. Quem substituiu Keaton foi Val Kilmer, depois, em 1997, Schumacher dirigiu “Batman e Robin” com George Clooney e Chris O’Donnell, outro filme que, diante do tom de comédia, também recebeu duras críticas dos fãs da saga original dos primeiros filmes e dos quadrinhos.
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Anos depois, agora aos 70 anos, Michael Keaton veste novamente a capa preta do Homem Morcego em “The Flash”, algo muito esperado pelos fãs e que tem estreia agendada para 4 de novembro de 2022. Em entrevista ao Collider, o ator se mostrou animado com o retorno e disse que o personagem lembra o original de Burton.
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