Em 2021, a marca de luxo Rolls-Royce vendeu o maior número de carros em seus 117 anos de história, um recorde para a unidade da BMW da Alemanha. O aumento registrado foi de 49% ano a ano, relatando vendas expressivas na maioria dos mercados, incluindo a China e as Américas.

A marca de luxo vendeu 5.586 carros globalmente no ano passado, 1.836 a mais do que em 2020, quando a pandemia de coronavírus teve um impacto quase universal sobre os fabricantes de automóveis. O volume também foi de 461 veículos a mais vendidos do que o recorde anterior estabelecido na pré-pandemia, em 2019.

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Para a Rolls-Royce o montante de vendas alcançado em 2021 a torna “líder indiscutível no segmento de mais de € 250 mil” (na faixa acima dos R$ 1,6 milhões, em conversão direta). A empresa também aponta para a alta demanda para cada um de seus cinco modelos atuais.

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Não foram divulgados números precisos para cada carro, mas a Rolls-Royce diz que o crescimento foi impulsionado principalmente pelo sedan Ghost, seu modelo mais novo. O Ghost Black Badge lançado em outubro, com sua orientação mais dinâmica, reforçou a ótima marca.

A empresa também reporta vendas estáveis ​​do Phantom e de seu irmão Cullinan SUV. Sua fábrica de Goodwood está operando em capacidade máxima, em um padrão de dois turnos, para atender a pedidos que inclusive são para o terceiro trimestre de 2022. Os prazos de entrega atuais são estimados em cerca de um ano.

Sem crise para o luxo

“No setor de luxo como um todo, a luta não estava muito focada em tentar encontrar clientes, mas sim em produzir produtos suficientes para satisfazer a enorme demanda dos clientes”, disse Müller-Ötvös. Para o CEO da Rolls-Royce, as vendas de carros premium e de luxo têm crescido de forma mais ampla à medida que as restrições de viagens na pandemia permitiu mais renda disponível para essa linha de consumidores.

Nas palavras do CEO, a Covid-19 “forçou muitas pessoas a não viajarem mais e por isso há muita riqueza acumulada e gasta em bens de luxo. Lucramos com esse desenvolvimento”. Na semana passada, a montadora britânica de luxo Bentley – uma unidade da Volkswagen – disse que atingiu um ano recorde em 2021, com as vendas globais aumentando 31% em meio à forte demanda por veículos de alto padrão.

A própria BMW disse que atingiu vendas recordes de mais de 2,2 milhões de veículos de sua marca em 2021, superando as vendas de 2019, apesar da escassez global de semicondutores. Müller-Ötvös disse que, embora a falta de chips fosse motivo de preocupação, a BMW “garantiu que poderíamos receber todos os chips de que precisamos para construir nossos carros, então não vimos nenhuma escassez”.

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Via Autocar e Reuters

Imagem: al merto/Pixabay/CC