Lançada em 1998 e com sua montagem completa concluída em órbita em 2011, a Estação Espacial Internacional (ISS), ao longo desse tempo, começou a mostrar sinais da idade. Exposta ao calor e frio extremos do espaço, um ambiente de vácuo e detritos de micrometeoroides por mais de 20 anos, o laboratório orbital vem sofrendo fraturas por estresse, além de outros danos.
Após a aposentadoria do ônibus espacial em 2011, a Nasa perdeu a capacidade de mandar humanos para voar ao redor da estação e catalogar essas mudanças com fotografias altamente detalhadas. No entanto, graças ao surgimento do veículo Crew Dragon da SpaceX, os astronautas começaram a circundar a estação novamente, depois de desacoplar e antes de voltar para a Terra.
Recentemente, a tripulação da missão Crew-2, liderada pelo astronauta da Nasa Shane Kimbrough, foi capaz de capturar múltiplas vistas da estação espacial. O Centro Espacial Johnson postou recentemente as fotos em sua página no Flickr.
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Ao olhar para essas fotos, percebe-se claramente o quanto a ISS é um feito da engenharia e diplomacia — uma máquina enorme e complexa, sobrevoando e funcionando em órbita baixa da Terra. É improvável que voltemos a ver um veículo espacial em órbita tão grande e com tamanha capacidade.
Em muitos aspectos, a ISS oferece uma visão esperançosa do que nosso futuro no espaço poderia conter. Reuniu os EUA e a Rússia no espaço, bem como uma série de outras nações europeias, o Japão e o Canadá.
Muitos desses países estiveram em guerra no século passado. Mas, no século 21, eles trabalharam juntos e contribuíram com dinheiro e equipamentos para a construção de algo maior do que cada nação poderia ter feito por conta própria.
Com seus experimentos pioneiros sobre saúde humana e microgravidade, a estação espacial está fornecendo um modelo para entender como os humanos podem viver, trabalhar e prosperar no espaço por meses ou até anos.
Centenas de pessoas já viveram na estação, fornecendo informações biológicas que servirão de base para futuras naves espaciais e missões de exploração.
Isso tudo demonstra que a estação espacial, portanto, oferece à humanidade um caminho de cooperação e sustentabilidade no voo espacial.
Recentemente, a pedido do administrador da Nasa, Bill Nelson, o governo Joe Biden concordou em estender a vida da ISS até 2030. Ou seja, os EUA ainda devem forjar acordos com seus parceiros internacionais para manter a estação voando durante esta década, e pode haver algum trabalho pesado para manter a Rússia junto.
Afinal, como essas fotos mostram, definitivamente, vale a pena manter a ISS voando enquanto ela for capaz de fazê-lo.
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