Um foguete LauncherOne, da Virgin Orbit, lançado de um jato da empresa que voava ao largo da costa da Califórnia, transportou sete pequenos satélites (cubesats) para o espaço na quinta-feira (13), dando início a um ano em que a companhia planeja aumentar o ritmo de lançamentos, incluindo dois originários da Grã-Bretanha.

Momento em que o Boeing 747 Cosmic Girl decola carregando o foguete LauncherOne contendo 7 satélites para serem colocados na órbita baixa da Terra. Imagem: Captura de tela – YouTube/Virgin Orbit

Cosmic Girl, o Boeing 747 modificado da Virgin Orbit, decolou do Espaçoporto de Mojave, na Califórnia, EUA, voou sobre o Oceano Pacífico e disparou o foguete LauncherOne de sua asa esquerda a uma altitude de cerca de 10.668 metros.

Mais tarde, a empresa confirmou que todos os satélites foram implantados com sucesso na órbita adequada. “Mais um dia fantástico para a equipe da Virgin Orbit e um grande passo em frente para nossos clientes”, tuitou a empresa.

Entre os satélites lançados, quatro pertencem ao Programa de Teste Espacial (STP) militar do Departamento de Defesa dos EUA, dois são da empresa polonesa SatRevolution e um da empresa internacional Spire Global.

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Você pode à reprise do lançamento no canal da empresa no YouTube:

Fundada em 2017 pelo bilionário britânico Richard Branson, a Virgin Orbit tornou-se pública no mês passado. A empresa está focando no lançamento de pequenos satélites, e destaca a mobilidade de seu sistema de lançamento aéreo em comparação às limitações dos locais de lançamento fixos.

“A coisa tremenda sobre o uso de um 747 é que podemos colocar satélites em qualquer órbita a partir de qualquer lugar do mundo”, disse Branson, diretamente das Ilhas Virgens Britânicas, durante o webcast de lançamento do voo.

“Alguns países do mundo têm a capacidade de enviar satélites para o espaço de seus próprios territórios, e, agora, 480 países podem usar a Virgin Orbit”, disse ele. “Você só precisa nos ligar”.

Segundo o diretor de operações da empresa, Tony Gingiss, a Virgin Orbit tem se aperfeiçoado voo após voo. “Acho que estamos vendo não apenas o tipo de rigor que esperamos, mas realmente ficando altamente confiantes em nossos processos”, disse ele.

Esta foi a quarta missão espacial da empresa, e foi batizada de “Above the Clouds”, título tirado de uma faixa do álbum “Moment of Truth”, do duo de hip-hop Gang Starr, lançado pela Virgin Records em 1998.

Virgin Orbit já colocou 17 satélites no espaço

A primeira missão da Virgin Orbit, um voo de teste de maio de 2020 que não transportava satélites, falhou quando uma linha de combustível se rompeu no motor de primeiro estágio do LauncherOne.

Depois disso, a empresa fez seu segundo voo de teste, em janeiro de 2021, uma missão que colocou 10 cubesats em órbita para o programa de lançamento educacional de nanossatélites da Nasa. 

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Já o terceiro voo, uma missão comercial lançada em junho de 2021, colocou sete satélites em órbita da Terra. Quatro das naves espaciais desse voo foram fornecidas pelo Programa de Teste Espacial (STP) militar dos EUA, e dois eram satélites de observação da Terra pertencentes à empresa polonesa SatRevolution.

Ambas as organizações são clientes fiéis: quatro cargas da STP voaram na missão “Above the Clouds”, e a SatRevolution tinha dois satélites a bordo — uma espaçonave Stork e o SteamSat-2, que testará propulsores movidos a água desenvolvidos pela empresa inglesa SteamJet Space Systems. O sétimo satélite nessa missão foi o Adler-1 da Spire Global, que estudará o ambiente de detritos espaciais na órbita baixa da Terra.

A missão desta quinta-feira foi a primeira de seis que a Virgin Orbit pretende lançar em 2022. Se tudo correr de acordo com o plano, a empresa fará dois lançamentos para a Força Aérea Real do Reino Unido, que partirão do Espaçoporto de Cornwall, no sudoeste da Inglaterra. “Este será um ano de destaque para nós”, disse Gingiss, durante a coletiva de imprensa de terça-feira (11).

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