Uma equipe da Universidade do Alabama em Birmingham (UAB), nos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (20) a realização do transplante de um rim de porco para humano. O procedimento foi um sucesso, de acordo com os especialistas.  

O transplante foi realizado em um paciente de 57 anos que estava em estado de morte cerebral e envolveu a colocação de dois rins de porco geneticamente modificado em funcionamento no corpo humano.   

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Os novos rins se mostraram completamente viáveis durante 77 horas após a cirurgia que aconteceu em 30 de setembro de 2021, segundo o que foi publicado e revisado por pares no American Journal of Transplantation.  

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No entanto, está não foi a primeira cirurgia do gênero realizada nos Estados Unidos. Em 25 de setembro de 2021, uma equipe da Universidade de Nova York realizou o transplante de rim de porco modificado para o corpo de um paciente humano.  

Equipe dos EUA realiza com sucesso transplante de rim de porco para humano. Imagem: Universidade do Alabama em Birmingham

De acordo com o diretor do Instituto de Transplantes Langone, da Universidade de Nova York, Robert Montgomery, o procedimento foi melhor do que a equipe imaginava. O médico ainda afirmou que aquilo se parecia com qualquer outro transplante de rim que ele já realizou de um doador vivo.  

Transplante de coração de porco  

Uma notícia surpreendente pode representar um dos maiores avanços da medicina nos últimos anos. Médicos da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, transplantaram um coração de porco geneticamente modificado para o corpo de David Bennett, de 57 anos.   

A cirurgia parece ter sido, pelo menos por hora, um sucesso, sem rejeição imediata do órgão animal. Após três dias do procedimento, o paciente está vivo e “passando bem”, segundo o hospital onde a cirurgia foi realizada. 

A Food and Drug Administration (FDA, a agência reguladora norte-americana) autorizou o procedimento por compaixão, já que Bennett era inelegível para um transplante de coração tradicional e não havia outras opções. “Era morrer ou fazer esse transplante. Eu quero viver. Eu sei que é um tiro no escuro, mas é minha última escolha”, disse o paciente em um comunicado. 

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