A escassez de peças que atinge grande parte das empresas no mundo chegou à Philips, companhia holandesa de tecnologia em saúde. Por conta do problema na cadeia de suprimentos, é possível que o lucro almejado não seja atingido e até um recall de ventiladores deverá ser expandido. As consequências já começam a acertar em cheio as finanças da empresa: as ações caíram mais de 15%. A expectativa da companhia é que a recuperação aconteça na segunda metade do ano.
Cenário otimista para 2022
Apesar do começo do ano não ter sido favorável para Philips, o CEO Frans van Houten disse em comunicado que a expectativa é de um crescimento entre 3% e 5% nas vendas em comparação a 2021, com uma melhora de 40 a 90 pontos.
Mesmo assim, ainda há setores que precisam de consideráveis melhoras, como a unidade de sono e cuidados respiratórios, que ainda sofre com o recall de aparelhos.
Além disso, existem preocupações de que um tipo de espuma usado nos dispositivos possa se degradar, tornando-se tóxico, aspecto que pode trazer danos ao meio ambiente.
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Gastos com ações deve prejudicar empresa
A previsão otimista de crescimento para 2022 pode enfrentar um desafio a mais: os custos de litígio em razão de centenas de ações coletivas.
Para reparar e substituir cerca de 5 milhões de dispositivos em todo o mundo, a companhia reservou 725 milhões de euros, o equivalente a US$ 820,41 milhões, mas esse montante não será utilizado nos tribunais.
Por isso, os temores pelas contas de sinistros já reduziram em cerca de 15 bilhões de euros o valor de mercado da Philips nos últimos nove meses.
Com sede em Amsterdã, a empresa divulgou balanço informando que as vendas no quarto trimestre de 2021 caíram 10% em comparação ao mesmo período de 2020.
Via: Reuters
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