Conhecido por desenhar os carros da Brabham que deram a Nelson Piquet dois títulos na Fórmula 1, o engenheiro sul-africano Gordon Murray inaugurou no ano passado uma linha de supercarros. Primeiro, saiu em agosto o fascinante T50, considerado um sucessor do McLaren F1 — visto por alguns como o maior supercarro já feito — e bastante elogiado pela limpeza no design. Agora, a Gordon Murray Automotive anuncia o T33, um irmão “mais prático” para o T50, porém igualmente belo.

Construído em monocoque de fibra de carbono e alumínio, o T33 é um pouco mais comprido que o T50 e possui cabine projetada para dois passageiros. O supercarro utiliza uma versão adaptada do motor V12 Cosworth de quatro litros, menos extrema que a do T50, mas ainda assim entregando 607 cavalos a 11.100 rpm e 46 kgfm de torque a 9.000 rpm. A caixa de câmbio manual tem seis marchas e é considerada, com 82 kg, uma das mais leves do mundo.

Supercarro Gordon Murray T33
Gordon Murray Automotive/Divulgação

O T33 também pesa 100 kg a mais do que o antecessor e, por isso, custa menos: 1,4 milhão de libras (aproximadamente R$ 10,2 milhões), um milhão a menos em comparação. “Se você pode ter apenas um supercarro, o T33 foi projetado para ser o que você deveria ter”, descreveu Gordon Murray, sobre a ideia do supercarro “de entrada”.

A distinção de hierarquias pode ser vista na desigualdade aerodinâmica entre os dois modelos. Por exemplo: em vez do inovador sistema de ventiladores do T50, que opera em qualquer velocidade, o T33 foi construído de forma que a pressão aerodinâmica seja ativada apenas quando o carro opere em altas velocidades.

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Supercarro Gordon Murray T33
Gordon Murray Automotive/Divulgação

Inspiração nos anos 1960

Gordon Murray também afirma que usou o T33 para homenagear os carros esportivos dos anos 1960, como a Alfa Romeo 33 Stradale, a Ferrari Dino 206 SP e a Lamborghini Miura.

O projetista sul-africano queria um modelo que tivesse um formato mais amável e conciso do que os supercarros contemporâneos. Ele identificou, então, o que acredita se tratar de detalhes atemporais nesses modelos antigos e tentou incorporá-los ao T33.

“Fiquei com o T33 na minha cabeça por uns 25 anos, mas até então, não tínhamos as instalações para fazê-lo. No início do planejamento, pensei em um motor de 3,3 litros para ele e, então, reservei o número 33.”

Dois spin-offs do Gordon Murray T33 estão nos planos. Segundo o projetista, esses modelos devem ser roadsters nos moldes do T50S Niki Lauda.

Via Autocar

Crédito para imagem principal: Gordon Murray Automotive/Divulgação

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