A Astroscale anunciou em seu perfil no Twitter que adiou indefinidamente a missão ELSA-d, que faria um teste de uma tecnologia de limpeza de lixo espacial, após detectar o que chamou de “condições anômalas na nave”. Uma data para a retomada do teste não foi informada.

A missão ELSA-d (End-of-Life Services by Astroscale demonstration) foi lançada em março de 2021, posicionando duas pequenas naves na órbita da Terra, dotadas de tecnologia que promete coletar destroços e outros artefatos classificados como “lixo espacial” — uma ameaça que vem crescendo em ritmo incômodo para praticamente todas as agências espaciais e empresas do setor no mundo.

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De acordo com a descrição no site da empresa, uma das naves pesa cerca de 175 kg e funciona como a embarcação principal, enquanto a outra, com 17kg, consiste de um CubeSat adaptado com acoplagens para imãs. A ação parece complicada, mas, na verdade, é o oposto disso: a nave maior “lança” a menor em direção a uma área com destroços a serem coletados. Os imãs atraem o lixo espacial e a nave menor retorna para a maior com o que coletou.

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Em agosto de 2021, um teste desse mecanismo foi executado repetidas vezes, tornando a Astroscale a primeira empresa privada a conseguir uma captura orbital de um objeto, em caráter experimental.

No começo desta semana, a empresa começou uma nova fase da missão — desta vez, incluindo a captura de um objeto externo. A nave maior lançou a pequena conforme o planejado, mas a navegação autônoma da menor não correspondeu ao que a empresa esperava.

“Após um excelente início das operações da missão, a nossa equipe detectou condições anômalas da nave”, disse o tuíte acima. “Por motivos de segurança, nós decidimos não prosseguir com a missão de captura até que as anomalias sejam resolvidas”.

A empresa ressalta que as duas naves estão operando normalmente e vêm mantendo uma distância segura uma da outra. Procurada pela imprensa internacional, a Astroscale ainda prometeu compartilhar novos detalhes assim que eles se fizessem disponíveis.

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