Prós
  • Sistema de resfriamento é eficaz
  • Desempenho forte para qualquer jogo
  • Acabamento requintado
  • Upgrade de SSD ou RAM é fácil
Contras
  • Fabricado no Brasil, mas sem Ç no teclado

Até pouco tempo atrás o mercado de notebooks gamer vinha crescendo com novas marcas e muitos modelos, mas deu uma esfriada com os problemas que o Brasil vem enfrentando. Outros nomes mais antigos estão conseguindo sobreviver e um deles é a Alienware, divisão da Dell voltada para os jogadores.

A gente recebeu o Alienware m15 R6 para testes, que é uma linha intermediária dentro dessa marca, mas o modelo aqui é topo de linha para esse grupo menos abastado. Ele tem GPU GeForce RTX 3070, processador Intel Core i7, 16 GB de RAM e já trabalha só com SSD. Bom, eu passei as últimas semanas trabalhando e jogando bastante com este notebook para te contar se vale a pena escolher esse PC, para ser sua plataforma de jogos por bastante tempo.

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Review do Alienware m15 R6 em vídeo

Design

Se você busca um notebook fino e leve, é melhor parar de ler esse review. O Alienware m15 R6 é grosso, pesado e não se preocupa em tomar todo espaço necessário para poder lidar com o calcanhar de aquiles de qualquer notebook gamer: fazer o ar extremamente quente sair o mais rápido possível.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Quando eu falo quente, é muito quente mesmo. Não é difícil fazer os componentes internos chegarem em 100 graus, que é basicamente a mesma temperatura que você precisa para cozinhar um ovo. Se por um lado este pode ser um problema para as mãos do usuário, saiba que as entradas de ar pelo teclado e na parte superior da base ajudam bastante no resfriamento.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em horas de jogo, eu não senti nenhum incômodo e como o ar entra pelas laterais, saindo apenas pela traseira, mesmo quando eu jogo com mouse, o ar quente não atrapalha. Em números o peso deste PC fica em 2,4 quilos, com tela de 15 polegadas no único tamanho vendido no Brasil.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Ele tem iluminação no logo da marca, no teclado e na parte inferior traseira. O acabamento da carcaça é em liga de magnésio, com todos os detalhes em um preto fosco muito bonito, escuro o suficiente para dar ainda mais destaque para as luzes.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em conexões a Alienware fez bem a decisão de deixar cabos grandes na parte traseira, lá ficam HDMI, força e duas USB, sendo uma delas no padrão USB-C com Thunderbolt 4. Nas outras laterais ficam mais duas portas USB e entradas para cabo de rede, junto de fone de ouvido. Eu senti falta de um slot para cartões SD.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Se você quer fazer alguma alteração no hardware, não é nada difícil trocar o SSD ou a RAM. Fechando a parte de design, o teclado é confortável, mas não vem no padrão ABNT2, mesmo sendo fabricado aqui no Brasil. O touchpad é bacana, mas é pequeno. Ao menos ele está lá mais para quando você estiver na rua, não jogando.

Tela e som

Pulando para tela, a Alienware colocou neste portátil um display com atualização de 165 Hz, em 15 polegadas com resolução Full HD. As bordas são finas e o brilho é forte o suficiente para usar o PC em um ambiente externo. ngulos de visão são bons, dentro do esperado para um notebook gamer: que é uma ótima experiência pra quem fica no meio da tela, na frente dela.

O alto-falante é mediano, não aproveita o espaço extra da carcaça para colocar mais graves. Só funciona e esse resultado não é ruim, já que todo usuário gamer vai jogar com fone de ouvido, já que o hardware faz as ventoinhas produzirem bastante barulho.

Jogos

Ok, você veio até esse review pra saber se o Alienware m15 R6 roda bem os jogos e vamos direto para eles. Antes, saiba que a unidade que recebemos para review tem uma placa Nvidia GeForce RTX 3070 com 8 GB GDDR6, 16 GB de RAM DDR4, 1 TB de SSD M.2 e processador Intel Core i7 de décima primeira geração, 11800H. É forte o suficiente para rodar o Windows 11 com os pés nas costas.

Em jogos eu passei bons dias da semana jogando nesse PC e espero que meu chefe não esteja lendo esse vídeo. Ok, seguindo, passei por MOBA, tiro em primeira pessoa, competitivo e até o cyberpunk para notar uma coisa: esse Alienware esquenta bastante, mas ele consegue manter a temperatura em patamares aceitáveis para um notebook gamer por mais tempo, e por mais barulhento que seja o sistema de ventoinhas, basta um fone de ouvido para jogar tranquilo.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Começando por Heroes of the Storm, um MOBA quase morto e que segue os passos do LoL. Eu sei, só eu jogo isso, mas mesmo assim foi possível curtir o game com todos os ajustes para o máximo possível, sem limitações ou qualquer trava. As médias foram de 150 fps, chegando aos 200 em alguns momentos.

Seguindo ainda na Blizzard, mas em um jogo que ainda recebe atualizações e novidades, fui para o Overwatch. Nele, seguindo a mesma ideia de tudo no máximo, mantendo a taxa de renderização em 100%, consegui médias sempre acima dos 165 fps. Esse valor bate no limite de atualização da tela, então está ótimo.

GTA 5 é velho de guerra e continua pesando para muita gente que quer um dos jogos mais populares dos últimos anos. Coloquei todos os ajustes no máximo possível, para girar entre 75 e 100 fps durante as jogatinas. Metro Exodus, na versão otimizada pras novas placas RTX, marcou média de 45 fps com todos os recursos na maior configuração possível e sem DLSS.

Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Colocar o DLSS na modalidade mais leve desse recurso, fez o jogo subir para 60 fps em média. Fortnite parece mais leve, só que não. Coloquei tudo no máximo, incluindo todo ray tracing possível, até para iluminação global, para conseguir taxas abaixo de 40 fps. Como o jogo é competitivo, o ideal é o maior número possível de quadros e não a qualidade mais elevada, então desativei todos os reflexos para chegar em 100 fps, sem nem ligar o DLSS.

Warzone de Call of Duty com tudo no máximo e sem DLSS marcou 80 fps de média, enquanto Far Cry 5 conseguiu valores girando em 110 quadros por segundo, também com todos os gráficos no talo.

Então chegou Cyberpunk 2077. Tudo no máximo e sem DLSS fez o jogo rodar em algo entre 30 e 40 fps, mas basta ativar o DLSS e não diminuir nada, para conseguir médias de 55 fps. Mágico!

Bateria

Eu poderia pular a parte de bateria, já que qualquer notebook gamer tem componentes que utilizam muita energia e não se importam com autonomia. Por aqui esse cenário é reforçado pelo carregador imenso e pesado de 240 watts.

Fora da tomada e em atividade do cotidiano, como navegação pela internet no Chrome com cinco abas abertas, escrevendo esse review no Google Docs e escutando alguns podcasts, consegui passar das cinco horas sem me preocupar com a bateria.

Se você quiser trabalhar com programas pesados, pode fazer esse tempo todo passar em 50 minutos, mas todo desempenho possível para o hardware só é liberado com a energia do carregador. Todo gamer de notebook também sabe disso, então ok. A autonomia dá fôlego para trabalhar por alguma parte do dia e só isso mesmo.

Fechando o review, a Alienware coloca alguns programas dentro do Windows e eles foram migrados muito bem quando eu atualizei esse PC pro Windows 11. Um deles é o Command Center, que é onde você controla e personaliza a iluminação, acompanha status da placa gráfica, processador, aumenta ou diminui a força das ventoinhas e até faz overclock.

Vale a pena?

Alienware m15 R6 (Imagem: Mário Kurth/Olhar Digital)
Alienware m15 R6 (Imagem: Mário Kurth/Olhar Digital)

Se você busca um notebook gamer potente, para rodar os games em Full HD no ultra por alguns anos, saiba que o Alienware m15 R6 vai te suprir numa boa. É possível até mesmo aumentar a RAM no futuro, mas os 16 GB já entregues nesta unidade de testes garantem o bom desempenho por muito tempo.

Se você ligar o DLSS para o menor trabalho possível dele e continuar com a tela 1080p do próprio notebook, certamente terá essa ótima força bruta por ainda mais tempo.

Eu gostei muito do visual, do acabamento e principalmente da ótima forma como esse portátil joga o calor para fora, mas me incomodou uma fonte tão grande e pesada. Ok, é o lado negativo garantido por tanta força no hardware, então dá para relevar isso. Me pegou não ter teclado ABNT2, mesmo pra um notebook fabricado no Brasil.

São poucos os notebooks com RTX 3070 no Brasil e certamente esse Alienware m15 R6 é a melhor escolha para quem ainda não quer partir para o valor de uma 3080. Ele vai pesar no bolso, mas é uma compra para alguns anos de uso, com gráficos potentes nesse tempo todo e sem engasgar.

Nossa avaliação
Nota Final
8.7
  • Desempenho
    10.0
  • Tela
    9.0
  • Bateria
    8.0
  • Software
    9.0
  • Conectividade
    9.0
  • Som
    8.0
  • Teclado
    8.0
  • Webcam
    8.0
  • Design
    10.0
  • Trackpad
    8.0

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