Por US$ 500 mensais (R$ 2.647,10) e um adicional de US$ 2,5 mil (R$ 13.230,75) no primeiro mês, um novo plano de assinatura da Starlink levará a seus usuários o dobro de velocidade de conexão — chegando até 500 Mbps —, de acordo com tuíte de Elon Musk, CEO da SpaceX.

O novo plano, chamado “Starlink Premium”, não sairá barato. Segundo as informações divulgadas, o valor do primeiro mês corresponde à primeira mensalidade e a aquisição de uma antena com maior capacidade, para atingir não só a velocidade de download descrita acima, mas também de 20 Mbps a 40 Mbps de upload, com latência de 20 a 40 milissegundos (ms).

Ah, sim: há também outros US$ 500 para reserva da antena neste primeiro momento, para uma entrega prevista para o segundo trimestre (abril, maio e junho) de 2022.

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Diz o anúncio que a vantagem do novo plano está na antena, que supostamente é melhor equipada para aguentar climas extremos — frio de congelar ou “calor de rachar”, e a estabilidade da conexão é garantida, segundo Musk.

“[O plano] Starlink Premium tem mais que o dobro da capacidade de antena do Starlink, proporcionando velocidades de internet mais rápidas e maior rendimento para os usuários de maior demanda, incluindo as empresas”, diz o site oficial da plataforma de internet via satélite, convenientemente traduzido para o português brasileiro.

É importante ressaltar aqui que, sim, existem ofertas mais baratas e mais velozes — sobretudo nos EUA, onde o 5G já é bem difundido e tem a vantagem de ser móvel. Entretanto, os planos da Starlink são direcionados a quem vive em regiões remotas, onde normalmente a rede de fibra óptica e outras formas de acesso chegam com pouca qualidade — isso, quando chegam.

Ainda assim, Musk ressaltou que a plataforma oferece suporte a um número limitado de usuários por região, então a melhor opção é a de fazer uma reserva o quanto antes:

Apesar do preço salgado, a maior parte dos usuários que responderam ao tuíte do bilionário se mostraram favoráveis à oferta, normalmente comparando-a a outras opções que, ainda que mais baratas, oferecem pouca estabilidade e velocidade.

Comparativamente, aqui estão as capacidades do plano comum e premium do Starlink:

Imagem mostra planos de assinatura da Starlink nos EUA, agora contemplando o plano premium
Starlink Premium promete mais velocidade, mas mantém iguais a disponibilidade e latência de sua versão normal, custando bem mais (Imagem: SpaceX/Reprodução)

Enquanto isso, em terras tupiniquins, com ou sem o novo plano de assinatura, a Starlink ainda não chegou. Em nossa última atualização sobre o assunto, mencionamos que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), havia autorizado a SpaceX Brazil Holding Ltda — representante legal da empresa no Brasil — a explorar o sistema de satélites não geoestacionários até 2027.

“A SpaceX pretende, no médio prazo, colocar em operação a constelação Starlink, composta por 4.408 satélites de órbita não geoestacionária”, diz o site da agência. “Segundo o conselheiro Emmanoel Capelo, ‘é do interesse da empresa o provimento de acesso à internet em banda larga para clientes distribuídos em todo o território brasileiro, o que, certamente, será bastante oportuno para escolas, hospitais e outros estabelecimentos localizados em regiões rurais ou remotas’”.

O comunicado da Anatel, contudo, não foi reverberado pela SpaceX — a empresa dona da Starlink — em seus canais oficiais. Por isso, provavelmente ainda vamos esperar bastante tempo até que a plataforma esteja disponível por aqui.

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