A Sony anunciou recentemente a aquisição da Bungie por US$ 3,6 bilhões, o custo bilionário, no entanto, não se refere apenas ao valor de mercado da empresa, mas a necessidade de segurar os desenvolvedores de Destiny 2, ou seja, um acordo com programa de retenção de talentos para que funcionários não ‘abandonem o barco’ agora sob o comando da gigante japonesa.

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Parte do investimento da Sony na Bungie é para segurar desenvolvedores de Destiny 2. Imagem: Tada Imagem/Shuterstock

De acordo com a própria Sony, que apresentou seus resultados financeiros na quarta-feira (2), “aproximadamente um terço da aquisição de US$ 3,6 bilhões consiste principalmente em pagamentos diferidos a acionistas funcionários condicionados à continuidade de seu emprego, e outros incentivos de retenção”.

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Assim, conforme relatado pela Tweaktown, a Sony está pagando aproximadamente US$ 1,2 bilhão pelas pessoas e também por Destiny 2 – isso representa mais de US$ 1 milhão por desenvolvedor, embora algumas pessoas da Bungie recebam mais que outras. O valor será diluído conforme os anos, com cerca de dois terços a serem pagos nos primeiros dois anos após a data de fechamento oficial da aquisição.

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A estratégia, contudo, incomodou alguns funcionários da Bungie, que veem na ação um tipo de “algemas de ouro”, conforme informou o The Washington Post. “Eu realmente não entendo os prazos ou ramificações ainda. [Parece] projetado para reter as pessoas por pelo menos alguns anos”, disse um funcionário ao veículo. Depois do prazo, nenhum detalhe foi dado a respeito da permanência dos colaboradores na empresa.

Em paralelo a compra da Bungie e o grande esforço em manter os desenvolvedores, recentemente a companhia também anunciou que pretende lançar ao menos 10 jogos multiplayer para PS5 até 2026, uma grande meta para ser cumprida em apenas quatro anos.

Segundo o CFO da Sony, Hiroki Totoki, os estúdios PlayStation “aprenderão com a Bungie” e o “forte desejo” da Sony é que a desenvolvedora esteja “disposta a trabalhar em estreita colaboração”.

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