A “morte” dos 40 satélites da Starlink, condenados por uma tempestade geomagnética da qual falamos na última quarta-feira (9), já começou, com um vídeo mostrando um satélite da empresa de Elon Musk sendo incinerado ao passar pelo processo de reentrada na atmosfera da Terra.

Os satélites em questão são parte do lançamento mais recente feito pela SpaceX: no dia 3 de fevereiro, um foguete Falcon 9 foi alçado aos céus, levando 49 satélites da plataforma de internet da companhia comandada por Musk. Entretanto, o time não contava com uma tempestade que, imprevisivelmente, tirou de operação mais de dois terços da carga lançada.

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O vídeo acima foi capturado pela Sociedad de Astronomia del Caribe, uma organização sem fins lucrativos baseada em Porto Rico, território anexado dos EUA. Não está claro se são dois satélites queimando, ou se são pedaços do mesmo satélite. Entretanto, é evidente que, no espaço de um minuto, vemos dois eventos de partes do(s) objeto(s) se desmontando.

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“Uma pista é o fato de que o trajeto orbital deste objeto estava acima de Porto Rico na hora do evento, e a direção de seu movimento (sudoeste-nordeste) confirma isso”, disse Marco Langbroek, um monitor de satélites baseado na Holanda. “Para ter ainda mais certeza, eu conduzi uma astrometria na filmagem e tracei uma órbita circular grosseira nas posições medidas. O resultado que obtive — eu contei três fragmentos — mostrou inclinações orbitais na faixa de 54 a 56 graus [º]. Os satélites da Starlink têm órbitas com inclinação de 53,2º, então isso é próximo o suficiente para concluir que o objeto de reentrada corresponde a um dos satélites da Starlink”.

Em um comunicado divulgado no dia 9, a SpaceX disse que não há nenhum risco de destroços dos satélites caírem na Terra, então não há preocupações com eles tocando o solo ou colocando em risco a vida de pessoas ou a rotina de alguma metrópole.

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Considerando que estamos falando de 40 satélites afetados, é bem provável que o “show de luzes” continue nos próximos dias. Objetos do tipo não caem ao mesmo tempo e nem desenvolvem a mesma velocidade de reentrada, então é provável que a “morte” dos satélites da Starlink seja um episódio um pouco mais longo do que se espera.

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