O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso declarou em entrevista ao jornal O Globo que considera viável restringir o Telegram no Brasil durante o período eleitoral. Segundo o magistrado, o app de mensagens pode ser um ator relevante durante as eleições.

Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou que a plataforma, criada pelo russo Pavel Durov, deve sim prestar esclarecimentos à Justiça brasileira. “Isso vale para qualquer plataforma”, declarou o ministro. Em seguida, Barroso falou palavras duras sobre a rede social.

publicidade

Minha casa, minhas regras

“Como já se fez em outras partes do mundo, eu penso que uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras deve ser simplesmente suspensa”, disse o ministro. “Na minha casa, entra quem eu quero e quem cumpre as minhas regras”, prosseguiu.

“O Brasil não é casa da sogra para ter aplicativos que façam apologia ao nazismo, ao terrorismo, que vendam armas ou que sejam sede de ataques à democracia que a nossa geração lutou tanto para construir”, completou o magistrado.

publicidade

Leia mais:

Visando garantir a integridade das eleições presidenciais de 2022, o TSE está buscando parcerias com diferentes empresas de tecnologia, como a Meta, controladora do WhatsApp, Facebook e Instagram, Google e TikTok. Com o Telegram, porém, ainda não foi estabelecido um contato.

publicidade

Sem resposta do Telegram

Luís Roberto Barroso enviou ofício para Pavel Durov, fundador do Telegram, mas ainda não recebeu resposta. Crédito: Antônio Cruz/Agência Brasil

No último dia 21 de janeiro, Luís Roberto Barroso enviou um ofício para Pavel Durov, fundador do Telegram. O objetivo do ministro é marcar uma reunião para discutir formas de combater a disseminação de fake news dentro da plataforma, até o momento, não houve resposta.

Segundo Barroso a empresa não tem representante oficial no país, apesar de a plataforma estar presente em mais de 50% dos smartphones ativos no Brasil. Isso, junto com o fato do Telegram ser um celeiro de teorias da conspiração, faz com que a preocupação com o app seja redobrada, ainda mais com a proximidade das eleições presidenciais, que ocorrem em outubro de 2022. 

publicidade

Via: O Globo

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!