Prós
  • Tela continua incrível
  • Desempenho de sobra (por muito tempo)
  • Acabamento forte e belíssimo
  • Câmeras são ótimas em todo momento
Contras
  • Vídeos noturnos não são tão incríveis
  • Tirar microSD ainda é um erro

No ano passado a Samsung mostrou ao mundo o Galaxy S21+, um smartphone vivendo no meio entre o modelo topo de linha mais caro e o menos caro da marca. Em 2022 a história se repete: o Galaxy S22+ tem basicamente o mesmo visual do modelo anterior, oferece processador melhor e não trouxe o Exynos, mas sim o forte Snapdragon 8 Gen 1.

Pouca coisa muda por fora, menos ainda por dentro, mas a Samsung promete que o conjunto triplo de câmeras faz fotos e vídeos noturnos com maestria. Será que ele faz mesmo? Bom, eu sou André Fogaça e passei os últimos sete dias com o Galaxy S22+ no bolso, andando pela cidade, sempre de máscara, para te contar, nos próximos parágrafos, como foi minha experiência nesse curto tempo.

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Review do Galaxy S22+ em vídeo

Design e tela

Se você colocar o Galaxy S22+ ao lado do S21+, pode trocar de celular sem perceber. Quase nada mudou na parte externa, que continua feita em aro de alumínio com muito reflexo, mas ainda assim bem firme na mão, e a traseira utiliza vidro, agora Gorilla Glass Victus+. A borda foi reforçada e agora suporta melhor o cotidiano do usuário.

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Galaxy S22+ (Imagem: divulgação/Samsung)
Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O local para o conjunto triplo de câmeras tem acabamento em metal e em um tom diferente da cor rosè do modelo que recebemos para este review. Um ponto importante, ao menos para mim, é que a traseira ficou completamente lisa. Eu prefiro assim, passa um ar mais sóbrio e sério.

De forma resumida, o Galaxy S22+ não inova no visual ou acabamento, mas isso não é ruim. Ele continua belíssimo, resistente e chama atenção quando você coloca o celular na mesa, sem capinha.

Galaxy S22+ (Imagem: divulgação/Samsung)
Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Na frente as bordas da tela continuam extremamente finas e o display ainda é reto, sem qualquer curvatura. Ele é um Dynamic AMOLED 2X, mas agora com mais brilho, entregando 34,6% mais luz e este detalhe é ótimo para locais ensolarados, ou quando conteúdo em HDR está na tela. A proporção continua exibindo um smartphone alto e a qualidade de imagens também não mudou.

Ela continua espetacular. Seja na vivacidade das cores, contraste, ou nos ângulos de visão. Eu não tenho qualquer dificuldade para apontar essa como a melhor tela que já usei em um celular até hoje. Superior até mesmo ao iPhone 13 Pro Max. Falando nele, ambos usam 120Hz de atualização e diminuem a taxa quando um conteúdo não precisa de tanto assim, como a leitura de um roteiro de review. O Galaxy S22+ chega até 10Hz nesse momento e a ideia é de baixar o consumo de energia sempre que possível.

Galaxy S22+ (Imagem: divulgação/Samsung)
Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Um pequeno furo esconde a câmera frontal e você se acostuma fácil com ele, ao ponto de nem notar depois de poucos dias. Ah, mais duas coisas: a resolução da tela do Galaxy S22+ é Full HD e o leitor de impressões digitais está sob a tela, com tecnologia ultrassônica. Ele é bem rápido e não falhou em nenhum momento comigo.

Câmeras

Galaxy S22+ (Imagem: divulgação/Samsung)
Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O conjunto triplo de câmeras do Galaxy S22+ tem exatamente o mesmo visual do mesmo pacote da geração passada. Por aqui o sensor principal tem 50 megapixels, seguido de outro para fotos ultrawide com 12 megapixels e 10 megapixels para zoom óptico, que pode parecer um downgrade do S21+, com seus 64 megapixels para lente teleobjetiva.

Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Eu disse “pode parecer”, pois não é. No Galaxy S21+ o zoom usa um recorte da resolução altíssima no sensor de 64 megapixels, para aproximar o objeto três vezes. Agora esse trabalho é feito pela lente, sem nenhum zoom digital – que é sempre a melhor escolha.

Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O resultado das fotos no sensor principal é ótimo, seja em qual condição de luz for. Ele continua utilizando a resolução enorme para agrupar pixels e gerar uma foto com menos pontos, mas com mais detalhes e luz. Funciona, mesmo em locais escuros. O sensor também é maior, então ele ajuda em todo trabalho pra mais luz entrar.

Foto com a câmera ultrawide do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera ultrawide do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

As imagens capturadas pela câmera ultrawide também são muito boas, com pouco ou nenhum problema ou ruído encontrados durante o dia. As distorções das bordas são praticamente inexistentes.

Por outro lado, eu notei que a Samsung persiste em alterar o balanço de branco quando a mesma foto é feita com a lente principal e depois com a ultrawide. O primeiro resultado tende a tons mais quentes e o segundo para mais frios, com diferença bem visível.

Não chega a ser um problema e nem estraga as fotos, mas o iPhone 13 Pro, seu principal concorrente, não entrega essa mudança na temperatura de cor.

Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A Samsung prometeu melhorias consideráveis para fotos e vídeos noturnos. Ela conseguiu, mas nem tanto assim. O trabalho de software para o modo noturno limpa todo ruído presente nas fotos com a lente ultrawide, mas te obriga a ficar firme no lugar por uns 3 ou 4 segundos.

Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

No sensor principal eu notei um avanço maior, já que o número de vezes que o software da câmera sugeriu o modo noturno diminuiu. Realmente entra mais luz no componente, que faz registros bons sem ligar nada extra.

Eu senti o resultado dos vídeos noturnos abaixo do prometido. Eles não estão ruins, longe disso, mas não são tão revolucionários assim. É possível ver bastante ruído entrando na imagem, mas ao menos a Samsung consegue mostrar muitos detalhes presentes na cena.

Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Existe um modo novo focado justamente nesse momento, que baixa a taxa de quadros por segundo se você filma em 60 fps em locais escuros. A ideia é justamente aumentar a luz. Funciona, mas o resultado fica meio borrado. Fechando a parte de vídeo, é possível gravar em até 8K.

Já na frente a mesma câmera de selfies do Galaxy S21+ está presente aqui. São 10 megapixels que fazem bem o trabalho para modo retrato, mas o recorte no cabelo ou barba ainda é um desafio.

Foto com a câmera frontal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal do Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Hardware e software

Olhando para o hardware, se você torcia o nariz quando escutava a palavra “Exynos”, saiba que toda a linha Galaxy S22 chegou ao Brasil com o Snapdragon 8 Gen 1. No Galaxy S22+ ele vem acompanhado de 8 GB para RAM, que pode ser expandida com mais 8 GB no lado virtual.

O modelo que eu testei tem 256 GB de memória e essa não pode crescer, pois o celular não tem bandeja para microSD. É chato, mas não chega a ser um corte da geração passada, que também não tem.

Galaxy S22+ com Android 12 e One UI 4.1 (Imagem: reprodução/Olhar Digital)
Galaxy S22+ com Android 12 e One UI 4.1 (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Em desempenho, eu não encontrei aplicativo na Play Store que pudesse fazer o Galaxy S22+ tremer e suar. Ele abriu tudo com maestria, mesmo com muitos apps no fundo e ainda em execução. O trabalho do Snapdragon e seus oito núcleos é de tirar o chapéu mesmo.

Por outro lado, notei que o chip aquece um pouco em alguns momentos onde eu nem estava rodando jogo ou app pesado. Estava no Twitter ou Instagram. Esse problema apareceu poucas vezes, então acho que não foi nada grave. Ao menos a taxa de atualização não caiu.

Em jogos eu coloquei Asphalt 9 e Genshin Impact. Tudo rodou muito bem, com gráficos no máximo nos dois games.

O Android 12 vem de fábrica, abaixo da One UI 4.1 e o sistema operacional alterado pela Samsung continua ótimo. Eu sempre fui amante do Android puro, mas já faz algum tempo que venho amando o resultado obtido pela coreana nesse ponto.

Um destaque para esse trabalho fica no modo DeX, que joga uma interface de computador quando o celular está plugado em um monitor.

Outro detalhe importantíssimo é a longevidade do Galaxy S22+, pois ele entra no pacote de atualização de segurança por quatro anos e novos sistemas operacionais por três anos. Com isso você terá o celular recebendo novidades até o Android 15 e seguro até 2026.

Bateria

No curto período que a Samsung emprestou o Galaxy S22+ para review, o sistema operacional nem conseguiu aprender direito o estilo de uso para propor uma autonomia pra ele. Seja como for, o Galaxy S22+ tem 4.500 mAh e pode receber energia por cabo, ou via indução.

No meu uso, eu consegui terminar o dia com aproximadamente 40% de carga. Isso com 5G, Bluetooth e Wi-Fi ativados o tempo todo, junto de algumas horas de podcast, navegação na web, redes sociais e um ou outro jogo, com aproximadamente cinco horas de tela ligada.

Galaxy S22+ e o consumo de bateria (Imagem: reprodução/Olhar Digital)
Galaxy S22+ e o consumo de bateria (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Para ter uma ideia melhor, coloquei dois filmes de duas horas cada pela Netflix e medi o consumo. O conteúdo não estava baixado, a resolução ficou na nativa do aparelho (Full HD), o brilho estava em 50%, a conexão foi por Wi-Fi e o volume não ficou silenciado. O primeiro foi Jurassic Park e ele consumiu 13%, seguido de O Exterminador do Futuro 2, pegando 14% da bateria.

A Samsung continua não entregando carregador na embalagem, mas o Galaxy S22+ tem suporte para 45 watts. Eu não tenho este tipo de adaptador, mas coloquei o da Apple que serve para o MacBook Pro, com 96 watts. O tempo de recarga ficou assim, a partir da bateria zerada:

  • 10 minutos: 13%
  • 30 minutos: 38%
  • 60 minutos: 76%

Para a carga completa, o carregador ficou na tomada por uma hora e 30 minutos.

Galaxy S22+: vale a pena?

Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Galaxy S22+ (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Sim, mas apenas se você estiver com um Galaxy S20 ou anterior. O Galaxy S22+ continua um smartphone muito bonito, com acabamento de primeira, tem processador potente, a melhor tela do mercado (até fevereiro de 2022) e a Samsung ainda é a melhor empresa para atualização do Android, oferecendo quatro anos de patches de segurança e três atualizações de Android – vai até o Android 15, no mínimo.

As câmeras continuam ótimas, a teleobjetiva ganhou um upgrade para fazer zoom óptico e o modo noturno faz milagre ao limpar qualquer imagem, mesmo com a ultrawide. A promessa de fotos em locais escuros foi cumprida com maestria, mas os vídeos não são tão revolucionários. Eles ficam bons, mas com bastante ruído.

Por outro lado, o Galaxy S22+ traz apenas pequenos refinamentos para experiência de quem tem um S21+. Por fora praticamente nada muda e por dentro a evolução também é bem pequena. Se você tem o S21+, fique com ele por mais um ano ou dois.

Se você tem um S20 ou modelo anterior, o Galaxy S22+ é uma compra fantástica e vai agradar todo tipo de usuário. A maior evolução, nesse cenário, é realmente a câmera e seu bom trabalho em fotos e vídeos noturnos.

Nossa avaliação
Nota Final
9.6
  • Desempenho
    10.0
  • Design
    10.0
  • Câmeras
    9.0
  • Bateria
    9.0
  • Sistema/Interface
    10.0
  • Tela
    10.0
  • Conectividade
    10.0
  • Resistência
    9.0

Galaxy S22+: ficha técnica

Tela:Dynamic AMOLED 2X de 6,8 polegadas
Full HD+ (2.340 x 1.080 pixels)
120Hz
Vidro Gorilla Glass Victus+
Processador:Qualcomm Snapdragon 8 Gen 1 (4 nm)
Octa-core com até 3 GHz
RAM:8 GB
Armazenamento:256 GB
Câmeras traseiras:Principal: 50 MP (f/1,8)
Teleobjetiva: 10 MP (f/2,4)
Ultrawide: 12 MP (f/2,2)
Vídeo:8K em 24 fps
4K em 60 fps
1080p até 240 fps
Câmera frontal:10 MP (f/2,2)
Vídeo:4K até 60 fps
1080p em 30 fps
Sistema Operacional:Android 12 com One UI 4.1
Conexões:5G
Wi-Fi 6E (2,4 GHz e 5 GHz)
Bluetooth 5.2 (A2DP e LE)
NFC
USB-C 3.2
GPS (A-GPS, GLONASS, BDS, GALILEO)
Ultra Wideband (UWB)
Outros:Leitor de impressões digitais sob a tela (ultrassônico)
Bateria:4.500 mAh
carregamento rápido de 45 watts
Dimensões:157,4 x 75,8 x 7,6 mm
Peso:195 gramas