Seu celular faz tudo. Além de acessar a internet, o que, convenhamos, é a principal função de um telefone atualmente, dá para salvar os contatos e fazer ligações, usar a calculadora e também anotar lembretes no calendário. Mas, mesmo sem a possibilidade de se conectar à rede mundial de computadores ou mesmo dar um telefonema, houve uma tecnologia, agora obsoleta, que fazia uma parte dessas atividades: a agenda eletrônica.

A invenção da agenda eletrônica

Sonho de consumo daqueles aficionados por tecnologia nos anos 1980 e 1990, a agenda eletrônica foi inventada em 1975, pelo indiano Sam Pitroda, hoje com 79 anos de idade. Naquele ano, ele patenteou o que chamava de “diário eletrônico”. A patente, inclusive, pode ser encontrada no site do Museu da História do Computador.

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“Em 1975, Satyan (‘Sam’) Pitroda, um inventor e pioneiro da revolução da comunicação na Índia, registrou uma patente para um diário eletrônico que poderia rastrear compromissos e lembrar o usuário de eventos futuros com mensagens de alarme”, destaca o Museu.

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Ali, Pitroda descrevia o dispositivo eletrônico como um diário junto a um calendário e relógio, com memória capaz de armazenar os afazeres do dia e eventos, exibidos em uma tela. Ainda é citada a calculadora dentro do gadget, que contava com um teclado e até alertas com som.

Popularização

O eletrônico criado pelo inventor indiano se popularizou no começo dos anos 1990, principalmente entre empresários. Na agenda eletrônica, todos os compromissos eram anotados como lembretes, além de endereços e números de telefone. Foi nessa época em que a Casio (que ainda tem uma lista dos modelos no site) e a Sharp ganharam espaço com suas versões do dispositivo, ganhando também o imaginário daqueles que apenas desejavam o objeto.

agenda eletrônica
Calendário, agenda, lembretes, anotações, lista de contatos e endereços, além de calculadora, eram algumas das funções da agenda eletrônica. Imagem: rarrarorro/Shutterstock

Utilidades do dispositivo

Outros usos da agenda eletrônica incluíam a função memo, para anotar dados em forma de texto, e a lista de afazeres, com possibilidade de marcar o que já tinha sido realizado. Havia ainda a ferramenta de horário mundial, que mostrava que horas seriam em qualquer parte do globo.

Funções de conversão métrica e de moeda também prestavam auxílio a quem possuía o gadget. Os usuários também podiam armazenar dados pessoais privados em uma memória secreta. Para acessar tais registros, era preciso uma senha. E, claro, despertador.

Agenda eletrônica atualmente

Apesar de bastante obsoleta, ainda é possível encontrar agendas eletrônicas à venda na internet. E diferente dos preços exorbitantes de outrora, os dispositivos são bem em conta, com alguns modelos custando menos de R$ 30.

Um estudo das Universidade de Sherbrooke e Universidade de Montreal sugere que a agenda eletrônica ainda pode ser útil. O público alvo são os idosos que sofrem do mal de Alzheimer. Isso porque essas pessoas precisam de auxílio para administrar seus afazeres. Diferente dos tradicionais papel e caneta, a antiga tecnologia pode ajudar a otimizar a autonomia funcional dessas pessoas.

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