Pesquisadores que monitoram o espaço identificaram o 10.000º (décimo milésimo) asteroide de médio porte orbitando próximo à Terra — uma conquista bastante celebrada por cientistas que atuam no desenvolvimento da defesa planetária da nossa casa.
A pesquisa sobre asteroides próximos à Terra tem um objetivo bem simples: antecipar objetos no espaço que possam se chocar conosco. Ela também não é exatamente nova — existem programas para isso desde pelo menos 1973. E nós já identificamos milhares deles, de variados tamanhos.
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Entretanto, são os de médio porte que causam certa preocupação: segundo a NASA, menos de 40% dos asteroides próximos à Terra, com tamanhos entre 160 e 1.005 metros (m) foram descobertos. Há maiores? Sim. Fariam mais estrago? Com certeza. Mas os objetos gigantescos estão — novamente, segundo a NASA — majoritariamente mapeados. Nós vamos enxergá-los de longe.
De acordo com dados atualizados pela agência na última segunda-feira (14), já identificamos 28.266 asteroides próximos à Terra. Cerca de um terço disso corresponde aos asteroides de médio porte, salvo por algumas exceções. Qualquer rocha menor tem mais chances de desfragmentar e queimar na atmosfera. Segundo o laboratório de propulsão a jato da Nasa (JPL), em 6 de fevereiro nós chegamos a 10.004 asteroides de médio porte detectados próximos à Terra.
Apesar do tom apocalíptico, a NASA assegura: não há nenhuma previsão de qualquer impacto com nosso planeta. O monitoramento ativo desses objetos permite à agência traçar modelos estatísticos que asseguram a permanência deles onde estão agora por vários e vários anos.
O Congresso norte-americano já pediu à NASA que esse volume de identificações aumentasse para algo próximo de 90% — e dois projetos atuais podem ajudar muito com isso: o Observatório Vera C. Rubin, no Chile, deve começar suas observações em 2023, enquanto a missão Near-Earth Object Surveyor deve ser lançada até 2026.
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