Prós
  • 5G em um celular mais simples é ótimo
  • Desempenho consistente
  • Autonomia de bateria é ótima
Contras
  • Moto G50 5G só receberá o Android 12
  • Chegou caro apenas por ter 5G
  • Lente macro tem qualidade muito ruim

O 5G ainda não é bem a tecnologia mais acessível para todas as pessoas, mas aos poucos as fabricantes de smartphones vão trazendo soluções menos caras para esse tipo de conexão. É o caso da Motorola com o Moto G50 5G, que tem nome difícil de falar sem trocar alguma parte do sufixo, enquanto promete ter boa experiência de intermediário simples e com ar de modernidade na conversa com redes mais recentes das operadoras.

Se no nome 5G esse Moto G chama atenção, no restante do aparelho as coisas são menos empolgantes. Por aqui a Motorola colocou um conjunto intermediário mais simples, com processador MediaTek, tela LCD de 6,5 polegadas, conjunto triplo de câmeras na traseira e bateria de 5.000 mAh, sem carregamento muito veloz. Será que vale a pena levar esse modelo pra já sair aproveitando a rede de quinta geração?

Review do Moto G50 5G em vídeo:

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Eu passei as últimas semanas usando o Moto G50 5G como meu único celular e te conto nos próximos parágrafos a minha experiência com esse aparelho.

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Design e tela

Enquanto seus principais concorrentes vão adotando carcaça com visual arrojado e cores que mudam de acordo com a luz, o Moto G50 5G é mais conservador. Aqui o smartphone tem ar mais quadradão, com uma só tonalidade de cor na traseira e isso poderia ser ruim, mas eu sinceramente adoro essa cara mais séria.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Mesmo com a traseira em plástico e bordas no mesmo material, na mão o Moto G50 5G não aparenta ser frágil. O conjunto é bastante sólido, até enganando que a carcaça pode ser de metal e vidro.

Em números, esse celular é pesado e grosso sim, mas não chega a ser um problema. Por aqui são 206 gramas, com espessura batendo em 9,3 mm. Toda essa gordura extra está aqui para compensar o espaço utilizado pela bateria grande. Eu troco fácil um celular fino e leve, por outro mais robusto para ter mais autonomia de bateria, então não vejo problemas por aqui.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em entradas você encontra tudo que deveria estar em um celular, mas vem sumindo de um ou outro modelo. Isso significa a presença de entrada para fone de ouvido, com o fone na embalagem e leitor de impressões digitais na lateral que é bem competente, junto de porta USB-C.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Já a tela é de 6,5 polegadas em um painel IPS LCD, com resolução HD+, em proporção de 20:9. A câmera frontal fica escondida em um entalhe em forma de gota, com a cereja do bolo nos 90 Hz de atualização para as imagens. Acredite: esse tipo de atualização é ideal para todos os usos.

Ângulos de visão não são ruins, estão dentro do esperado para um intermediário menos forte. As cores são vivas, mesmo para um painel LCD e não AMOLED ou OLED, entregando até mesmo contraste em bom nível. Já o som é ok, sai só por um só lado e toca música alta, mas sem corpo e foca quase só no agudo, além de ser fácil tampar a saída do falante com a mão.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Hardware

Por dentro, o Moto G50 5G tem o esperado para um intermediário mais simples, que envolve processador MediaTek Dimensity 700, com 4 GB de RAM e 128 GB de espaço interno. É possível expandir com um microSD, indo até 1 TB. O conjunto é mais que suficiente para a maior parte dos usuários, alimentando bem até mesmo a taxa de atualização de 90 hertz para tela.

Apps do cotidiano abrem com velocidade interessante, como Facebook, Twitter, Chrome, YouTube e um Spotify da vida, mantendo tudo funcionando bem em segundo plano. Eu não passei por engasgos no sistema operacional, que já está no Android 11 e só vai até o próximo update…que já está disponível pras fabricantes.

Pois é, infelizmente a Motorola escolheu apenas uma atualização do Android por aqui, o que é muito ruim quando você olha a concorrência, como a Samsung e Xiaomi.

Moto G50 5G (Imagem: reprodução))
Moto G50 5G (Imagem: reprodução))

Enfim, em jogos esse conjunto lida bem com títulos mais leves, ou então os mais pesados, mas com gráficos configurados para qualidade baixa. Em Asphalt 9 eu encontrei poucos travamentos ou problemas na taxa de quadros por segundo, mas Subway Surfers roda liso, sem qualquer dificuldade.

O problema de ter apenas 4 GB de RAM é que no longo prazo o desempenho vai diminuir com mais velocidade, então você pode esperar lentidão ou engasgos já aparecendo depois de um ano de uso.

Software e bateria

Como já falei, o Android por aqui está na versão 11 e a Motorola só promete atualização até o 12, nada além disso. É complicado, já que no momento da gravação deste review o Android 12 já foi liberado pelo Google.

Enfim, o sistema operacional do Moto G50 5G continua limpo como em outros modelos da Motorola, entregando quase aquele Android puro. Poucos apps chegam pré-instalados e a interface oferece poucas mudanças para o usuário.

Elas focam em ícones e widgets redondos, junto do app Moto e alguns atalhos interessantes, como girar o celular para ligar a câmera, ou bater o martelo para acender a lanterna.

No geral eu gosto bastante dessa cara limpa, com atalhos bacanas e que ajudam o cotidiano, mas sinto falta de uma ou outra solução pré-instalada de fábrica.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A bateria é de 5.000 mAh e isso tende a significar mais de um dia longe da tomada. Esse foi meu cenário durante os testes, que envolveram mais ou menos duas horas de podcast, no mínimo uma hora de vídeos no YouTube, brilho em automático, uma meia hora de jogo e muita navegação nas redes sociais.

Colocando um vídeo com brilho no máximo, rodando do YouTube e em Full HD, a descarga foi de 7% por hora. O número é bacana, o que reforça o bom trabalho da MediaTek para consumir menos energia no chip.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Na hora de encher novamente o tanque, o Moto G50 5G vem com carregador de 15 watts e eu precisei de quase duas horas e meia para colocar 100% novamente na bateria, depois de ter o celular desligado automaticamente por falta de energia.

Câmeras

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Por aqui são três câmeras na parte traseira, com a principal fazendo fotos de 48 megapixels, enquanto o sensor secundário faz macro com aquela resolução horrível de 2 megapixels, para a terceira lente oferecer apenas o modo de fundo desfocado.

Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O kit é bom se você lembrar que o Moto G50 5G é um celular de mais de entrada, mesmo que dentro do pacote de intermediários da marca. As cores capturadas pela câmera principal me agradaram bastante, mesmo sabendo que a saturação está um pouco acima do que meus olhos estavam vendo.

Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Além disso, os detalhes estão bem desenhados e não há problemas nas bordas da foto. As imagens feitas de noite oferecem pouca informação, o que é esperado para esse tipo de segmento, mas o modo noturno faz um trabalho bacana tanto para iluminar áreas escuras, como para diminuir a força da luz que poderia aparecer muito estourada pelo tempo de exposição elevado.

Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal em modo noturno (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal em modo noturno (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal em modo noturno (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal em modo noturno (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

O recorte das fotos feitas com o fundo desfocado é bacana e respeita bem os limites dos objetos, mas o mesmo não dá para falar dos registros no modo macro. A resolução é pífia, os detalhes ficam todos perdidos, as cores somem e a qualidade final não vale nem mesmo para postar no Instagram. É ruim, mas infelizmente esse tipo de imagem é comum em aparelhos de entrada.

Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera principal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera macro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera macro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Eu bem ficaria feliz em trocar essa lente macro por outra com mais uso, como uma ultrawide, mas não de dois megapixels. Se é para ficar assim, é melhor deixar só duas câmeras mesmo e o resultado final será mais satisfatório.

Foto com a câmera frontal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto com a câmera frontal (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Moto G50 5G: Vale a pena?

Olha, o Moto G50 5G é um intermediário mais simples, mas que já está pronto para as redes 5G, seja o “cinco gê” DSS, seja o 5G de verdade quando ele chegar no Brasil. Colocar o aparelho nesse tipo de conexão faz ele custar mais caro que um concorrente de mesmo hardware, mas ainda no 4G.

Na faixa de preço sugerido para esse celular, que é de R$ 1,8 mil em seu lançamento, já é possível encontrar modelos com desempenho superior, além de melhores recursos como tela com mais brilho e câmeras melhores. Eu consigo ver o Galaxy M62 nesse pacote, ou então o Moto G60s. O único problema desses dois é a falta do 5G. Se para você é importante estar pronto para a rede de quinta geração, sem gastar muito por isso, então o Moto G50 5G faz sentido nesse momento.

Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Moto G50 5G (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Se você pode esperar, até para saber quando o 5G estará de fato no Brasil, eu olharia pro Galaxy M62 mesmo.

Nossa avaliação
Nota Final
8.1
  • Desempenho
    8.0
  • Design
    9.0
  • Câmeras
    7.0
  • Bateria
    8.0
  • Sistema/Interface
    8.0
  • Tela
    8.0
  • Conectividade
    9.0
  • Resistência
    8.0

Moto G50 5G: ficha técnica

Tela:IPS LCD de 6,5 polegadas
HD+ (1.600 x 720 pixels)
90Hz
Processador:MediaTek MT6833 Dimensity 700 5G (7 nm)
Octa-core com até 2,2 GHz
RAM:4 GB
Armazenamento:128 GB
Câmeras traseiras:Principal: 48 MP (f/1,7)
Macro: 2 MP (f/2,4)
Profundidade: 2 MP (f/2,4)
Vídeo:1080p até 60 fps
Câmera frontal:13 MP (f/2,0)
Vídeo:1080p até 60 fps
Sistema Operacional:Android 11
Conexões:5G
Wi-Fi 5 (2,4 GHz e 5 GHz)
Bluetooth 5.0 (A2DP e LE)
NFC
USB-C 2.0
GPS (A-GPS)
Outros:Leitor de impressões digitais na lateral
Bateria:5.000 mAh
carregamento rápido de 15 watts
Dimensões:167 x 76,4 x 9,3 mm
Peso:206 gramas

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