Já proferia Abelardo Barbosa, o eterno Chacrinha: “Nada se cria, tudo se copia”. A famosa frase foi inspirada na máxima do químico Antoine Lavoisier, que dizia que no mundo nada se cria, tudo se transforma. Na indústria aeroespacial, isso não é muito diferente. Recentemente, o Olhar Digital divulgou que a Índia vai testar um veículo muito similar aos ônibus espaciais dos EUA. Também revelamos que o protótipo de um drone para exploração de Marte divulgado pela China é muito parecido com o helicóptero Ingenuity, da Nasa. 

Agora, um conceito chinês para um sistema de lançamento de duas etapas baseado em metano líquido parece bastante familiar, como apontou a SpaceNews.

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Wang Xiaojun, presidente da Academia Nacional de Tecnologia de Veículos de Lançamento da China (CALT), fez uma apresentação no início deste mês mostrando o novo foguete, e, de imediato, surgiram comparações com a Starship, da SpaceX.

China foca na reutilização e acessibilidade de suas novas espaçonaves

No entanto, o SpaceNews afirma que há diferenças também. Uma delas está na capacidade de carga: enquanto o sistema de lançamento da CALT foi projetado para transportar cerca de 20 toneladas para órbita baixa da Terra, a espaçonave da SpaceX pretende transportar cerca de 100 toneladas. Também parece haver diferenças na forma como os motores geram impulso.

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Estudantes de pós-graduação da CALT também revelaram um veículo de lançamento pesado para exploração de Marte. Uma animação divulgada no Twitter mostra uma nave espacial que não se parece nada com a da SpaceX, além do fato de ser vagamente longa e pontiaguda.

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Pelos planos da CALT, é possível notar o foco na reutilização e acessibilidade, um objetivo que mais programas espaciais estão começando a abraçar além da SpaceX e da Nasa.

A SpaceX tem sido pioneira quando se trata de recuperar e reutilizar estágios de foguetes, especialmente quando se trata de seu Falcon 9, e, agora, mais países estão procurando seguir o exemplo. Como o ArianeGroup, da Europa, que anunciou um mini-lançador reutilizável no ano passado.

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Outro país que está trilhando o mesmo caminho é a Rússia. A agência espacial Roscosmos também apresentou projetos para um foguete reutilizável apelidado de Amur em julho de 2020. Aliás, esse exemplo cabe muito bem entre os casos de “inspiração” em outras iniciativas, já que se parece bastante com o design do Falcon 9.

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