A Rússia começou a semana com uma novidade nas discussões sobre criptomoedas. Nesta segunda-feira, (21), o Ministério das Finanças do país afirmou que vai levar em consideração as propostas do banco central do país sobre os ativos digitais.

A condição da pasta é que essas proposições não contradigam sua própria abordagem. Assim, o ministério conseguirá abrir caminho para uma legislação sobre as criptomoedas. A disputa sobre a regulamentação dos ativos esquentou na última sexta-feira (18), quando o setor de Finanças apresentou propostas legislativas colidindo com a demanda do banco pela proibição.

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A ideia do Banco da Rússia é banir o comércio e a mineração das criptomoedas. A entidade enxerga as moedas digitais como uma ameaça à estabilidade financeira. Já o Ministério das Finanças prefere regular, tornando uma ferramenta de investimento, mas sem que se tornem um meio de pagamento, criando um mercado legal.

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Desse modo, transações de compra ou venda de criptomoedas passam a exigir identificação do cliente. Isso, porém, diminui um dos principais pontos atrativos desses ativos para muitos: o anonimato. A pasta ainda inclui testes de alfabetização financeira para que as pessoas saibam quanto investir e ainda trocas de criptomoedas estrangeiras que precisam de licença na Rússia.

Equipamento de mineração Asic
A mineração de criptomoedas usa bastante energia, algo destacado pelo Banco da Rússia. Imagem: Artie Medvedev/Shutterstock

Na parte dos testes, os cidadãos que passarem com sucesso vão poder investir até 600 mil rublos por ano em moedas digitais. O valor é equivalente a R$ 38.810,18, na cotação desta segunda, com a moeda russa cotada a R$ 0,065. Quem não passar, tem um limite de 50 mil rublos, ou R$ 3.234,18

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Um dos alertas do Banco da Rússia é que a mineração de criptomoedas tem grande impacto ambiental, com consumo ineficiente de energia. Para realizar a atividade, poderosos computadores competem contra outros conectados a uma rede global, resolvendo quebra-cabeças matemáticos complexos. O Ministério das Finanças quer tributar a ação.

Via: Reuters

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