A Virgin Hyperloop realizou na sexta-feira (18) uma videoconferência com seus funcionários em que comunica a demissão de 111 pessoas — quase metade da equipe. A empresa também reforçou que vai redirecionar seus esforços para transporte de cargas em vez de passageiros, atribuindo a onda de desligamentos à crise da cadeia global de suprimentos e da pandemia de Covid-19.

“Isso vai permite que a empresa responda [ao contexto de crise] de forma mais ágil e flexível e de forma mais econômica”, disse um porta-voz da companhia de Los Angeles ao Financial Times. “A empresa está ‘mudando de direção’ e isso tem a ver com os problemas globais da cadeia de suprimentos e todas as mudanças devido à Covid-19.”

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No fim de janeiro, a Virgin Hyperloop anunciou a contratação de Pierre Chambion como vice-presidente de engenharia e chefe de tecnologia. Foi com a chegada do executivo que a empresa decidiu voltar sua atenção para transportes de cargas.

Trem a vácuo da Virgin Hyperloop
Virgin Hyperloop atribuiu corte de funcionários à crise global de suprimentos (Virgin Hyperloop/Divulgação)

Ex-funcionários relatam falta de confiança em nova direção

Ainda segundo o Financial Times, no entanto, os motivos por trás da onda de demissões vão além da crise pandêmica e dos semicondutores. À publicação, um dos funcionários desligados pela Virgin Hyperloop relata que o clima se deteriorou com a saída do cofundador Josh Giegel no ano passado.  

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Segundo ela, ex-funcionários afirmam que “não há confiança na nova direção” e que a magnitude dos desligamentos recentes era inesperada. Principalmente pelo fato de a empresa ter concluído sua primeira jornada tripulada há pouco tempo, em novembro de 2020.

https://twitter.com/virginhyperloop/status/1325714594652856322

Havia um frisson em torno da Virgin Hyperloop. Em agosto, a companhia lançou um vídeo promocional em que demonstra como seu trem hiper-rápido funcionaria em fase comercial. Feito em CGI, o vídeo mostrava vagões autônomos (pods) que transportariam até 30 pessoas.

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Apesar do corte de funcionários, os planos para levar o transporte de trens ultrarrápidos da Virgin Hyperloop para a região do Golfo seguem sólidos, segundo a DP World, grupo dos Emirados Árabes que possui 76% da companhia. Caso a iniciativa tenha sucesso, há a chance de ponderar novamente o transporte de passageiros. O primeiro protótipo da Virgin Hyperloop deve ficar pronto até 2026.

Via Autoevolution

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