Apesar da Relativity Space estar em pleno desenvolvimento do pequeno motor Aeon 1 para levantar seu primeiro foguete — o Terran 1 —, a empresa não pretende ficar na “linha básica” por muito tempo, e pretende logo migrar para o propulsor Aeon-R, que virá a ser usado no foguete Terran R, mais poderoso.

O CEO e co-fundador da empresa, Tim Ellis, disse em entrevista ao Ars Technica que a empresa vê o Terran 1 como “uma plataforma de desenvolvimento”, e não como um produto propriamente dito.

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A Relativity Space segue o desenvolvimento de seu primeiro foguete, o Terran 1, mas já ambiciona objetivos maiores
A Relativity Space segue o desenvolvimento de seu primeiro foguete, o Terran 1, mas já ambiciona objetivos maiores (Imagem: Relativity Space/Divulgação)

A Relativity Space vem se tornando cada vez mais conhecida pelo seu desejo de construir seus foguetes por meio de impressão 3D, o que promete baratear muito o custo de desenvolvimento e montagem de veículos. O Terran 1, seu primeiro trabalho, será impulsionado por nove motores Aeon 1 — cada motor com capacidade de carga de 1,25 tonelada métrica.

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A primeira missão deste foguete não terá nenhum cliente, com seu foco concentrado na análise do funcionamento dos componentes (por alguma razão, porém, o CEO recusa-se a chamá-la de “teste”).

A segunda missão, no entanto, já conta com a NASA como contratante: a Relativity Space levará um satélite de natureza desconhecida, enquanto a terceira também conta com um cliente ainda não divulgado.

Depois dessas três missões, a empresa vai passar a usar o Terran 1 com propulsores Aeon-R. Ao invés de nove pequenos motores, ele terá um propulsor de alta capacidade, com capacidade de carga de pouco mais de 136 toneladas. A ideia é que esse upgrade faça do foguete um veículo de pequeno porte, mas alto desempenho.

De acordo com Ellis, a ideia de construir um foguete com uma configuração inicial inferior pode parecer equivocada, mas para o CEO, isso foi importante para que a Relativity Space aprendesse todos os pequenos processos de propulsão mais cedo, e quando a empresa partisse para um modelo de desempenho superior, os erros poderiam ser minimizados.

Mais além, o Terran-R — o foguete maior que a empresa ainda vai construir — contará não só com o propulsor Aeon-R, mas também terá o primeiro e o segundo estágios completamente reutilizáveis, o que a colocará em competição direta com o hegemônico Falcon 9 da SpaceX. Segundo Ellis, desde o anúncio do Terran-R, a empresa já fechou um contrato para ele, e outras companhias têm “bom potencial” de fechar negócio.

Olhando por esse lado, é de interesse da Relativity Space anular as possibilidades de erro o quanto antes.

A primeira missão do foguete Terran 1 “definitivamente” acontecerá em 2022, disse Ellis, embora não tenha se comprometido com uma data exata.

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