A SpaceLogistics, uma subsidiária da Northrop Grumman, contratou a SpaceX para lançar o que chama de “veículo de manutenção de satélites”, a bordo de um foguete Falcon 9, em um voo que deve acontecer em algum momento em 2024.

O veículo — chamado “MRV-1” — tem por função estender a vida útil de satélites localizados na chamada “órbita de transferência geoestacionária” (GTO) e deve ser posicionado a aproximadamente 35,8 mil quilômetros (km) da superfície da Terra. A ideia é capitalizar no sucesso de missões similares anteriores: tanto a MEV-1 como a MEV-2 posicionaram veículos similares que ampliaram a vida útil dos satélites Intelsat 10-02 e 901 em pelo menos 5 anos (além dos 15 já previstos inicialmente).

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O MRV-1, porém, parece (enfatizamos o “parece”: a SpaceLogistics não ofereceu muitos detalhes técnicos) resolver um problema de custo: as duas missões anteriores foram bem caras para a IntelSat, custando cerca de US$ 65 milhões (R$ 327,19 milhões) pelos cinco anos de extensão de vida de cada satélite. Por esse valor, seria mais fácil a companhia lançar novos satélites para substituir os antigos (embora a questão do descarte indique que os satélites trocados poderiam virar lixo espacial).

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Isso porque os veículos MEV-1 e MEV-2 tinham propósitos singulares: eles foram projetados para se acoplar a um satélite específico. Já o MRV-1 indica ser um veículo de manutenção de satélites mais “multi-uso”, provavelmente com possibilidade de ser usado repetidas vezes, em diversos objetos.

Do pouco que se sabe, um MRV é capaz de carregar até três toneladas de carga, a qual consiste de pequenos artefatos chamados “Mission Extension Pods”, ou simplesmente “MEPs”. Cada um pesa cerca de 400 quilogramas (kg).

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Estranhamente, porém, sua entrega é mais complexa do que o normal: ao invés de simplesmente lançar o MRV e fazê-lo carregar os MEPs até o ponto desejado, os MEPs é quem vão dispor de propulsão para levá-los até a GEO antes de serem recapturados pelo MRV, para só então serem instalados nos satélites almejados. Em outras palavras: para cada satélite, serão necessárias duas manobras de encontro e entrega ao invés de uma.

O motivo para essa complicação extra, porém, é desconhecido.

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