O congressista dos Estados Unidos Dan Crenshaw, do partido Democrata, pediu que os cosmonautas russos que estão na Estação Espacial Internacional (ISS) sejam expulsos do posto avançado. O político pediu que os russos fossem substituídos por profissionais de origem ucraniana.
Em seu Twitter, Crenshaw alegou que a Rússia estaria desmoronando e, por isso, os cosmonautas do país deveriam ser expulsos do programa. “Elon Musk pode substituir a metade russa da estação”, declarou o congressista.
Pária internacional
Após a invasão à Ucrânia, a Rússia se tornou um pária dentro da comunidade internacional e praticamente se isolou no contexto diplomático mundial. Isto pode representar o fim dos esforços espaciais para o país.
Atualmente, a Rússia é o maior parceiro dos Estados Unidos na ISS, além de auxiliar outras nações menores no envio de astronautas, satélites e outras naves espaciais para fora da Terra. O único astronauta Brasileiro, o hoje ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, foi à ISS a bordo de uma espaçonave russa na missão Soyuz TMA-8.
Na última quinta-feira (24), o chefe da agência espacial da Rússia (Roscosmos), Dmitry Rogozin, alertou que as novas sanções dos EUA contra o país podem levar à destruição da cooperação na ISS. Uma declaração de Rogozin, inclusive, chegou a ser encarada como uma ameaça.
ESA preocupada
Líderes de outras agências espaciais importantes, como a Agência Espacial Europeia (ESA) também se mostraram receosos sobre o futuro da ISS. Porém, até segunda ordem, a ESA e seus Estados Membros continuarão apoiando os cosmonautas russos que estão em missão na ISS.
“Apesar do conflito atual, a cooperação espacial civil continua sendo uma ponte”, escreveu o chefe da ESA, Josef Aschbacher. “A ESA continua a trabalhar em todo o seu programa, incluindo na campanha de lançamento da ISS e ExoMars, para honrar os compromissos com os Estados-Membros e parceiros. Continuamos monitorando a evolução da situação”, completou.
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O Olhar Digital preparou um especial sobre como deve ficar a situação da ISS após a invasão da Rússia à Ucrânia, que você pode conferir aqui.
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